quinta-feira, 23 de julho de 2015

Discussões da Reunião Pedagógica “A sala de aula é um complexo, é um mundo, é a alma da escola. É onde as coisas acontecem ou não. Celso Vasconcellos” A sala de aula é o espaço mais importante da escola. Por isso é importante gerir de modo significativo esse espaço. É preciso agir de forma coesa e responsável nossas aulas, pois a imagem da escola é a “cara” das tuas aulas. É preciso saber ouvir para poder planejar nossas ações para atingir nossos objetivos. As relações interpessoais são muito importantes quando nos reportamos aos alunos diante das dificuldades de aprendizagem e da indisciplina. Fitar o olhar do aluno é a melhor maneira de chamar o aluno para minha direção. Chamar aluno para as propostas pedagógicas usando não só da autoridade e sim do conhecimento. e da maturidade. É preciso que o professor tenha competência de realizar relações interpessoais de modo a gerir a sala de aula de modo positivo e competente. Precisamos atribuir sentido a escola e as nossas ações em sala de aula.Precisamos ser coerentes no nosso modo de falar, escrever e agir. Nossos alunos deveriam vir de casa munidos da “educação básica”, atribuídas a ele nas relações familiares. No entanto, não é assim que isso acontece. Logo, o papel do professor deve ser o “ativador” do desejo de aprender e da coletividade. O aluno precisa: Querer Agir Pensar O professor deve: Mobilizar a turma Traçar estratégias Verificar se os alunos podem expressar o que aprendeu A avaliação deve ser vista de forma processual de maneira que avalie o crescimento do meu aluno, mas especial para avaliar a prática pedagógica do profissional “professor”. Nas avaliações devemos saber elaborar as perguntas.Estamos questionando os nossos alunos e não a nós mesmos. O professor deve sondar, diagnosticar a turma para saber o que eles já sabem e o que ainda precisam saber. Deste modo, o professor poderá traçar metas, objetivos… Quando as coisas não derem certos durante o processo devemos rever o processo, avaliar erros e acertos e buscar adequar nossas práticas de ensino de modo a sanar as dificuldades. Tenha claro...NÃO É HORA DE DESISTIR...MAS DE REFAZER AS FORÇAS E BUSCAR RESPOSTAS PARA AS DIFICULDADES ENCONTRADAS. Devemos nos concentrar em especial nas pessoas que aceitam mudanças. Pouco a pouco resgate todos que puder durante sua caminhada. ATP Lydia da Rocha EEB CARLOS CHAGAS PALESTRANTE CLEODI C. A. Fabrin

quinta-feira, 14 de maio de 2015

DA TEORIA Á PRÁTICA/TEXTO CADERNOS REGIONAIS/SÔNIA M VIERO

PACTO NACIONAL PARA O FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
SECRETARIA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
6ª GERED – GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA CARLOS CHAGAS
SONIA MARA VIERO

DA TEORIA À PRÁTICA PEDAGÓGICA
IPIRA, MAIO DE 2015




DA TEORIA Á PRÁTICA

Geni e Zepelim
(Chico Buarque de Holanda)


De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi NAMORADA
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos das retirantes
É de quem não tem mais nada

Dá-se assim desde menina
Na garagem na cantina
Atrás do tanque no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas dos lazarentos
Dos moleques do internato

E também vai a miúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Anda sempre a repetir

Joga pedra na Geni 
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela da pra qualquer um
Maldita Geni

Um dia surgiu brilhante
Entre as nuvens
flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões
assim

A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta para virar geléia
Mas do zepelim gigante
Surgiu o seu comandante
Dizendo - mudei de ideia

- quando vi esta
   cidade
- tanto horror e
   iniquidade
- resolvi tudo
  Explodir
- Mas posso evitar 
  o drama
- Se aquela
  formosa dama   
- Essa noite me
   Servir

Essa dama é a Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa pra cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso tão temido e poderoso
Era dela prisioneiro

Acontece que a donzela
E isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos

Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar       
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
bendita Geni

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros. Tão sentidos
Que ela dominou seu
asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco

Ele fez tanta sujeira
Lambuzou a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim
prateado  

Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
A cidade em cantoria
Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa pra cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni. +   














Numa perspectiva de focar o território da linguagem, com interação, mediação e contextualização da vida real do estudante, realizou-se um trabalho de reflexão e aprendizado cientifico a partir de gêneros textuais na 2ª série do Ensino Médio. Definiu-se para tanto, a canção e respectiva letra “Geni e Zepelim” de Chico Buarque de Holanda, escrita na década de 70.
            De acordo com pressupostos teóricos do caderno IV do SISMÉDIO, o texto em evidência, possibilitou a revelação de uma linguagem constitutiva da prática social. Um subsídio que levou ao pensar, como propõe as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – DCNEM ( Brasil, 2012) na disciplina de Língua Portuguesa e Literatura e que, de forma interdisciplinar pôde provocar considerações das disciplinas de História, Geografia, Sociologia e Filosofia. Esta proposta de atividade então, contempla a pluralidade, os contextos e situações sociais e educativas de ontem e que interagem com o hoje.
            Tem-se a plena convicção que a aula insere-se num processo de aprendizagem significativo e crítico, com a participação efetiva dos sujeitos envolvidos – professor, aluno-sociedade. Já que entende-se que uma prática educativa deve estar ligada aos conhecimentos e saberes relativos as interações e às expressões do sujeito em práticas socioculturais, que enfocam e representam o mundo do qual se faz parte, e, é na escola que se tem a oportunidade e possibilidade da identidade de diferentes grupos sociais, entre eles, àqueles que são discriminados, sofrem preconceitos e vivem de forma degradante.
Constatou-se nas discussões em sala, que no texto “Geni e Zepelim” há uma referência à identificação, conforme os plurissignificados do texto, de exatos grupos sociais. Já que a letra da música descreve em versos heptassílabos metrificados e rimados, a longa história que define Geni, nossa personagem. Seu comportamento alheio às convenções da sociedade, era vista então, como promíscua e imoral, assim, hostilizada pelo povo da cidade em que vivia, porém diante de uma ameaça, acaba provisoriamente sendo tratada de modo diferenciado pelos seus detratores. Passado o perigo, retorna a ser excluída, o que revela o caráter moralista, oportunista e hipócrita da sociedade. Refletiu-se diante desta situação, de que a elite, com intuito de validar exclusivamente seus objetivos, tenta subjugar os setores sociais marginalizados. Discurso da época e efetivamente válido nos dias atuais.
Foi desta forma, que buscou-se propiciar e ampliar possibilidades de acesso e saberes culturais, bem como a sua produção em espaços variados. Observou-se os cenários urbanos e rurais de épocas diferentes – ontem e hoje – contextualizou-se e problematizou-se, o que levou a reconstrução de conceitos e impressões da sociedade atual. Ação que se relaciona à aprendizagem e ao desenvolvimento humano, já que configura mundos e realidade social.
Destaca-se ainda, que se produziu sentidos que constituem visões de valores relacionados ao homem, conforme verifica-se nas  análises críticas e produções textuais - poéticas dos alunos anexados a este artigo.
Num olhar atento a esta atividade pedagógica efetivamente realizada em sala de aula, o caderno nº IV, item 2. Os sujeitos estudantes do Ensino Médio e os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano na área da Linguagem. p. 16 cita:
“ O desenvolvimento da atividade educativa se dá no contexto da   constituição subjetiva, mediante identidades e práticas específicas, seus regulamentos, seus embates e acordos. Para que esta atividade educativa faça sentido para esses sujeitos, eles precisam ser contemplados em uma interação autêntica, onde haja espaço para opiniões, debates e decisões.”
           

Aponta ainda, agora o caderno II, da etapa I:
“Uma das mais importantes tarefas das instituições educativas hoje, está em contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos não mais impostos como heranças familiares ou instituição.” (Brasil,2013,p.19)
É neste sentido, na análise do texto em referência, que oportunizou-se um “ensino e aprendizagem”, consequente, já que mobilizou-se um paralelo com a própria história de vida das pessoas, inclusive alunos, todos inseridos na sociedade atual, os temas como: prostituição, miséria, burguesia, época, ditadura militar, preconceito, lutas sociais fez-se presente nas discussões. Houve um pensar na forma de inserção social e de construção de um mundo igualitário e mais justo. Então, acesso ao saber, especificamente, à leitura, à leitura de mundo, à produção de gêneros textuais variados. Prática que viabilizou, sem dúvida, uma atividade educativa além do interdisciplinar, ganhou um caráter transdisciplinar, pelo discurso crítico e participativo, pelas reflexões e comparações, pelos questionamentos e pelas buscas de respostas.
Diante do trabalho realizado constatou-se também que o texto “Geni e Zepelim” é uma obra literária que se caracteriza em três gêneros: canção, poema e narração. Reflete os anos 70, mas eminentemente é contemporâneo, é perfeitamente do nosso tempo e provavelmente será de todos os tempos, já que descreve um tecido social do ontem e do hoje, é arte na promoção da justiça social.
Assim sendo, na área das linguagem se deu condições de efetivar:
- problematização das relações, cultura, sociedade e ambiente;
-pensamento emancipador;
-desenvolvimento de práticas refletidas e orientada ao cuidado de si;
-à apropriação de estratégias de tratamento de dados que viabilizam pensar a produção e a transformação do conhecimento e da realidade;
-à atuação consciente no que concerne aos dilemas da contemporaneidade que afetam a dignidade humana.
Como sugere o caderno IV,p.20.       
            Desta forma, ressalto os dizeres:
“a prática, a pedagogia e a filosofia da educação interagem com o contexto social, histórico e cultural”. ( MONTE MOR,2011,P.315)
É concludente que esta prática educativa além de transmitir conteúdos da disciplina Língua Portuguesa e Literatura como conceitos básicos de tipologia textual, composição formal de um poema ( versos, estrofes, rima e métrica) abriu espaço para o ensino e a aprendizagem do educar para desenvolver o humano, a ética, a cidadania então, a prática social.
                                                                                        Sonia Mara Viero





REFERÊNCIAS

CADERNOS DA PRIMEIRA ETAPA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO –II e IV.





























terça-feira, 31 de março de 2015

REFLEXÃO: EDUCAÇÃO E CIDADANIA....PROFESSOR/ALUNO/ESCOLA – PROPOSTA CURRICULAR

REFLEXÃO: EDUCAÇÃO E CIDADANIA....PROFESSOR/ALUNO/ESCOLA – PROPOSTA CURRICULAR
Um sistema de educação pública eficiente tem sido tema em discussões no Brasil inteiro, já que exerce um papel fundamental no desenvolvimento da pessoa e da sociedade. Teoricamente há uma preocupação muito grande com isto, mas efetivamente nunca se concretiza. Por quê?
Creio literalmente nestes quatro pilares:
-aprender a conhecer: pressupõe selecionar, acessar, integrar os elementos de uma cultura geral, com profundidade em alguns assuntos, com espírito investigativo e visão crítica – aprender ao longo da vida;
- aprender a fazer: desenvolver a competência de se relacionar em grupo, resolver problemas e adquirir qualificação profissional;
- aprender a viver com os outros: é a compreensão do outro, realizar projetos em comum, fortalecer sua identidade, respeitar a do outro, respeitar a pluralidade, busca da paz.
- aprender a ser: expressar opiniões e assumir as responsabilidades pessoais.
Como então organizar um ensino competente para lidar com a complexidade humana e social neste tempo em que vivemos, e com projeções de um futuro positivo para a humanidade?
No estudo que temos realizado, identifiquei alguns itens relevantes para discussão:
·         Foco na aprendizagem;
·         Consciência e prática de rede, isto é planejamento coletivo;
·         Perfil do professor, isto é formação docente;
·         Valorização da leitura;
·         Atenção individual ao aluno que precisa;
·         Atividades complementares e parceria, principalmente dentro da escola.
Busca-se uma qualidade na educação, assim sendo é na figura do professor que está centralizada a atenção.  A formação profissional específica é falha. Constata-se, e é evidente de que a qualificação é uma importante variável no processo aprendizagem dos alunos, e, portanto numa educação de qualidade. A formação docente é ineficiente, nos cursos de graduação, os conteúdos de disciplinas  são transmitidos de maneira superficial, já que lhes é oportunizado o Curso em finais de semana ou à distância. Sem generalizar, muitos não buscam mais fontes de conhecimento, além do que lhe é proporcionado.
Professor com “vocação” tem que se sentir motivado, satisfeito no trabalho e se identificando com sua escola, este também é um item indispensável à qualidade da educação. Ao se sentir motivado e valorizado pelos seus superiores, (governo, direção) pelo grupo, por alunos, pela sociedade; ter uma qualificação adequada para o exercício de professor, ingressar no magistério, ter condições de trabalho, ( novas estruturas nas escolas, ainda temos o quadro negro e o giz) progressão justa na carreira, “efetivamente” uma formação continuada, SALÁRIOS justos, sem precisar carregar sua carga horária em sala, para ganhar um pouco mais, ter tempo para o planejamento (coletivo), e ter o sábado e domingo destinado ao lazer, relaxamento e família.  Então, realizará atividades que refletem está valorização, consequentemente, qualidade. Eis uma sinergia necessária para que a escola cumpra sua tarefa social relevante à socialização do saber e de forma humanizadora.
Agora, vamos pensar num trabalho integrado, interdisciplinar, o que, com certeza estimulará e tornará interessante o estudo dos conteúdos de cada disciplina, já que se oportunizará uma abordagem numa perspectiva diferente, que estará em sintonia com nosso jovem, que assim permanecerá na escola e se, atenderá esta demanda que é de uma geração movida por uma era tecnológica, totalmente diferente dos jovens que tínhamos, é o que  encaminha nossa nova Proposta Curricular.
Como diz Celso Antunes, os tempos de agora são outros, nem melhores, nem piores, mas indiscutivelmente diferentes. Não mais basta acumular conhecimentos. É, antes, essencial estar à altura de aproveitar e explorar, pela vida inteira, todas as possibilidades de aprendizado, da atualização, do enriquecimento para as mudanças que em todos os momentos nos assaltam.
Vamos todos nos enquadrar no que verdadeiramente uma escola deve proporcionar – “conhecer, fazer, viver juntos e ser”. E, este não é um ato somente do professor de sala de aula, ele deve iniciar pelo mais alto grau de poder desta sociedade e de forma hierárquica vir se concretizando, até chegar a nós.
“Deem-nos a teoria e a possibilidade de efetivá-la, e se surpreenderão com o encanto e a beleza de um professor em sala de aula.” Prof. Sonia Mara Viero
“ Para ser um educador de verdade, um verdadeiro mestre, todo professor deve, antes ser uma grande pessoa.”   Celso Antunes
Professora Sônia Mara Viero



Problemas enfrentados pela escola - Professora Josseane Benjamini