quinta-feira, 23 de julho de 2015
Discussões da Reunião Pedagógica
“A sala de aula é um complexo, é um mundo, é a alma da escola. É onde as coisas acontecem ou não. Celso Vasconcellos”
A sala de aula é o espaço mais importante da escola. Por isso é importante gerir de modo significativo esse espaço.
É preciso agir de forma coesa e responsável nossas aulas, pois a imagem da escola é a “cara” das tuas aulas.
É preciso saber ouvir para poder planejar nossas ações para atingir nossos objetivos.
As relações interpessoais são muito importantes quando nos reportamos aos alunos diante das dificuldades de aprendizagem e da indisciplina. Fitar o olhar do aluno é a melhor maneira de chamar o aluno para minha direção.
Chamar aluno para as propostas pedagógicas usando não só da autoridade e sim do conhecimento. e da maturidade.
É preciso que o professor tenha competência de realizar relações interpessoais de modo a gerir a sala de aula de modo positivo e competente.
Precisamos atribuir sentido a escola e as nossas ações em sala de aula.Precisamos ser coerentes no nosso modo de falar, escrever e agir.
Nossos alunos deveriam vir de casa munidos da “educação básica”, atribuídas a ele nas relações familiares. No entanto, não é assim que isso acontece. Logo, o papel do professor deve ser o “ativador” do desejo de aprender e da coletividade.
O aluno precisa:
Querer Agir Pensar
O professor deve:
Mobilizar a turma
Traçar estratégias
Verificar se os alunos podem expressar o que aprendeu
A avaliação deve ser vista de forma processual de maneira que avalie o crescimento do meu aluno, mas especial para avaliar a prática pedagógica do profissional “professor”.
Nas avaliações devemos saber elaborar as perguntas.Estamos questionando os nossos alunos e não a nós mesmos.
O professor deve sondar, diagnosticar a turma para saber o que eles já sabem e o que ainda precisam saber. Deste modo, o professor poderá traçar metas, objetivos…
Quando as coisas não derem certos durante o processo devemos rever o processo, avaliar erros e acertos e buscar adequar nossas práticas de ensino de modo a sanar as dificuldades. Tenha claro...NÃO É HORA DE DESISTIR...MAS DE REFAZER AS FORÇAS E BUSCAR RESPOSTAS PARA AS DIFICULDADES ENCONTRADAS.
Devemos nos concentrar em especial nas pessoas que aceitam mudanças. Pouco a pouco resgate todos que puder durante sua caminhada.
ATP Lydia da Rocha
EEB CARLOS CHAGAS
PALESTRANTE CLEODI C. A. Fabrin
quinta-feira, 14 de maio de 2015
DA TEORIA Á PRÁTICA/TEXTO CADERNOS REGIONAIS/SÔNIA M VIERO
PACTO NACIONAL PARA O FORTALECIMENTO DO ENSINO
MÉDIO
SECRETARIA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
6ª GERED – GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA CARLOS CHAGAS
SONIA MARA VIERO
DA TEORIA À PRÁTICA PEDAGÓGICA
IPIRA, MAIO DE 2015
DA TEORIA Á PRÁTICA
Geni e Zepelim
(Chico Buarque de Holanda)
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi NAMORADA
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos das retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem na cantina
Atrás do tanque no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai a miúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Anda sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela da pra qualquer um
Maldita Geni
Um dia surgiu brilhante
Entre as nuvens
flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões
assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta para virar geléia
Mas do zepelim gigante
Surgiu o seu comandante
Dizendo - mudei de ideia
- quando vi esta
cidade
- tanto horror e
iniquidade
- resolvi tudo
Explodir
- Mas posso evitar
o drama
- Se aquela
formosa dama
- Essa noite me
Servir
Essa dama é a Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa pra cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso tão
temido e poderoso
Era dela prisioneiro
Acontece que a donzela
E isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão
Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
bendita Geni
Foram tantos os pedidos
Tão sinceros. Tão sentidos
Que ela dominou seu
asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim
prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
A cidade em cantoria
Não deixou ela dormir
Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa pra cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita
Geni. +
Numa perspectiva de focar o território da
linguagem, com interação, mediação e contextualização da vida real do
estudante, realizou-se um trabalho de reflexão e aprendizado cientifico a
partir de gêneros textuais na 2ª série do Ensino Médio. Definiu-se para tanto,
a canção e respectiva letra “Geni e Zepelim” de Chico Buarque de Holanda,
escrita na década de 70.
De acordo com pressupostos teóricos
do caderno IV do SISMÉDIO, o texto em evidência, possibilitou a revelação de
uma linguagem constitutiva da prática social. Um subsídio que levou ao pensar,
como propõe as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – DCNEM (
Brasil, 2012) na disciplina de Língua Portuguesa e Literatura e que, de forma
interdisciplinar pôde provocar considerações das disciplinas de História,
Geografia, Sociologia e Filosofia. Esta proposta de atividade então, contempla
a pluralidade, os contextos e situações sociais e educativas de ontem e que
interagem com o hoje.
Tem-se a plena convicção que a aula
insere-se num processo de aprendizagem significativo e crítico, com a
participação efetiva dos sujeitos envolvidos – professor, aluno-sociedade. Já
que entende-se que uma prática educativa deve estar ligada aos conhecimentos e
saberes relativos as interações e às expressões do sujeito em práticas
socioculturais, que enfocam e representam o mundo do qual se faz parte, e, é na
escola que se tem a oportunidade e possibilidade da identidade de diferentes
grupos sociais, entre eles, àqueles que são discriminados, sofrem preconceitos
e vivem de forma degradante.
Constatou-se nas discussões em sala, que no texto
“Geni e Zepelim” há uma referência à identificação, conforme os
plurissignificados do texto, de exatos grupos sociais. Já que a letra da música
descreve em versos heptassílabos metrificados e rimados, a longa história que
define Geni, nossa personagem. Seu comportamento alheio às convenções da
sociedade, era vista então, como promíscua e imoral, assim, hostilizada pelo
povo da cidade em que vivia, porém diante de uma ameaça, acaba provisoriamente
sendo tratada de modo diferenciado pelos seus detratores. Passado o perigo,
retorna a ser excluída, o que revela o caráter moralista, oportunista e
hipócrita da sociedade. Refletiu-se diante desta situação, de que a elite, com
intuito de validar exclusivamente seus objetivos, tenta subjugar os setores
sociais marginalizados. Discurso da época e efetivamente válido nos dias
atuais.
Foi desta forma, que buscou-se propiciar e ampliar
possibilidades de acesso e saberes culturais, bem como a sua produção em
espaços variados. Observou-se os cenários urbanos e rurais de épocas diferentes
– ontem e hoje – contextualizou-se e problematizou-se, o que levou a
reconstrução de conceitos e impressões da sociedade atual. Ação que se
relaciona à aprendizagem e ao desenvolvimento humano, já que configura mundos e
realidade social.
Destaca-se ainda, que se produziu sentidos que
constituem visões de valores relacionados ao homem, conforme verifica-se
nas análises críticas e produções
textuais - poéticas dos alunos anexados a este artigo.
Num olhar atento a esta atividade pedagógica
efetivamente realizada em sala de aula, o caderno nº IV, item 2. Os sujeitos
estudantes do Ensino Médio e os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento
humano na área da Linguagem. p. 16 cita:
“ O
desenvolvimento da atividade educativa se dá no contexto da constituição subjetiva, mediante identidades
e práticas específicas, seus regulamentos, seus embates e acordos. Para que
esta atividade educativa faça sentido para esses sujeitos, eles precisam ser
contemplados em uma interação autêntica, onde haja espaço para opiniões,
debates e decisões.”
Aponta
ainda, agora o caderno II, da etapa I:
“Uma
das mais importantes tarefas das instituições educativas hoje, está em
contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas
trajetórias pessoais e constituir os seus próprios acervos de valores e
conhecimentos não mais impostos como heranças familiares ou instituição.” (Brasil,2013,p.19)
É neste sentido, na análise do texto em referência,
que oportunizou-se um “ensino e aprendizagem”, consequente, já que mobilizou-se
um paralelo com a própria história de vida das pessoas, inclusive alunos, todos
inseridos na sociedade atual, os temas como: prostituição, miséria, burguesia,
época, ditadura militar, preconceito, lutas sociais fez-se presente nas
discussões. Houve um pensar na forma de inserção social e de construção de um
mundo igualitário e mais justo. Então, acesso ao saber, especificamente, à
leitura, à leitura de mundo, à produção de gêneros textuais variados. Prática
que viabilizou, sem dúvida, uma atividade educativa além do interdisciplinar,
ganhou um caráter transdisciplinar, pelo discurso crítico e participativo,
pelas reflexões e comparações, pelos questionamentos e pelas buscas de
respostas.
Diante do trabalho realizado constatou-se também
que o texto “Geni e Zepelim” é uma obra literária que se caracteriza em três
gêneros: canção, poema e narração. Reflete os anos 70, mas eminentemente é
contemporâneo, é perfeitamente do nosso tempo e provavelmente será de todos os
tempos, já que descreve um tecido social do ontem e do hoje, é arte na promoção
da justiça social.
Assim sendo, na área das linguagem se deu condições
de efetivar:
- problematização das relações, cultura, sociedade
e ambiente;
-pensamento emancipador;
-desenvolvimento de práticas refletidas e orientada
ao cuidado de si;
-à apropriação de estratégias de tratamento de
dados que viabilizam pensar a produção e a transformação do conhecimento e da
realidade;
-à atuação consciente no que concerne aos dilemas
da contemporaneidade que afetam a dignidade humana.
Como
sugere o caderno IV,p.20.
Desta forma, ressalto os dizeres:
“a
prática, a pedagogia e a filosofia da educação interagem com o contexto social,
histórico e cultural”. ( MONTE MOR,2011,P.315)
É
concludente que esta prática educativa além de transmitir conteúdos da
disciplina Língua Portuguesa e Literatura como conceitos básicos de tipologia
textual, composição formal de um poema ( versos, estrofes, rima e métrica)
abriu espaço para o ensino e a aprendizagem do educar para desenvolver o
humano, a ética, a cidadania então, a prática social.
Sonia Mara Viero
REFERÊNCIAS
CADERNOS
DA PRIMEIRA ETAPA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO –II e
IV.
terça-feira, 12 de maio de 2015
quinta-feira, 7 de maio de 2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
terça-feira, 31 de março de 2015
REFLEXÃO: EDUCAÇÃO E CIDADANIA....PROFESSOR/ALUNO/ESCOLA – PROPOSTA CURRICULAR
REFLEXÃO: EDUCAÇÃO E CIDADANIA....PROFESSOR/ALUNO/ESCOLA – PROPOSTA
CURRICULAR
Um sistema de educação pública eficiente tem sido tema em
discussões no Brasil inteiro, já que exerce um papel fundamental no
desenvolvimento da pessoa e da sociedade. Teoricamente há uma preocupação muito
grande com isto, mas efetivamente nunca se concretiza. Por quê?
Creio literalmente nestes quatro pilares:
-aprender a conhecer: pressupõe selecionar, acessar, integrar os
elementos de uma cultura geral, com profundidade em alguns assuntos, com
espírito investigativo e visão crítica – aprender ao longo da vida;
- aprender a fazer: desenvolver a competência de se relacionar
em grupo, resolver problemas e adquirir qualificação profissional;
- aprender a viver com os outros: é a compreensão do outro,
realizar projetos em comum, fortalecer sua identidade, respeitar a do outro,
respeitar a pluralidade, busca da paz.
- aprender a ser: expressar opiniões e assumir as
responsabilidades pessoais.
Como então organizar um ensino competente para lidar com a complexidade
humana e social neste tempo em que vivemos, e com projeções de um futuro
positivo para a humanidade?
No estudo que temos realizado, identifiquei alguns itens relevantes
para discussão:
·
Foco na
aprendizagem;
·
Consciência
e prática de rede, isto é planejamento coletivo;
·
Perfil do
professor, isto é formação docente;
·
Valorização
da leitura;
·
Atenção
individual ao aluno que precisa;
·
Atividades
complementares e parceria, principalmente dentro da escola.
Busca-se uma qualidade na educação, assim sendo é na figura do
professor que está centralizada a atenção.
A formação profissional específica é falha. Constata-se, e é evidente de
que a qualificação é uma importante variável no processo aprendizagem dos
alunos, e, portanto numa educação de qualidade. A formação docente é
ineficiente, nos cursos de graduação, os conteúdos de disciplinas são transmitidos de maneira superficial, já
que lhes é oportunizado o Curso em finais de semana ou à distância. Sem
generalizar, muitos não buscam mais fontes de conhecimento, além do que lhe é
proporcionado.
Professor com “vocação” tem que se sentir motivado, satisfeito no
trabalho e se identificando com sua escola, este também é um item indispensável
à qualidade da educação. Ao se sentir motivado e valorizado pelos seus
superiores, (governo, direção) pelo grupo, por alunos, pela sociedade; ter uma
qualificação adequada para o exercício de professor, ingressar no magistério,
ter condições de trabalho, ( novas estruturas nas escolas, ainda temos o quadro
negro e o giz) progressão justa na carreira, “efetivamente” uma formação
continuada, SALÁRIOS justos, sem precisar carregar sua carga horária em sala,
para ganhar um pouco mais, ter tempo para o planejamento (coletivo), e ter o
sábado e domingo destinado ao lazer, relaxamento e família. Então, realizará atividades que refletem está
valorização, consequentemente, qualidade. Eis uma sinergia necessária para que
a escola cumpra sua tarefa social relevante à socialização do saber e de forma
humanizadora.
Agora, vamos pensar num trabalho integrado, interdisciplinar, o que,
com certeza estimulará e tornará interessante o estudo dos conteúdos de cada
disciplina, já que se oportunizará uma abordagem numa perspectiva diferente,
que estará em sintonia com nosso jovem, que assim permanecerá na escola e se,
atenderá esta demanda que é de uma geração movida por uma era tecnológica,
totalmente diferente dos jovens que tínhamos, é o que encaminha nossa nova Proposta Curricular.
Como diz Celso Antunes, os tempos de agora são outros, nem melhores,
nem piores, mas indiscutivelmente diferentes. Não mais basta acumular
conhecimentos. É, antes, essencial estar à altura de aproveitar e explorar,
pela vida inteira, todas as possibilidades de aprendizado, da atualização, do enriquecimento
para as mudanças que em todos os momentos nos assaltam.
Vamos todos nos enquadrar no que verdadeiramente uma escola deve
proporcionar – “conhecer, fazer, viver juntos e ser”. E, este não é um ato
somente do professor de sala de aula, ele deve iniciar pelo mais alto grau de
poder desta sociedade e de forma hierárquica vir se concretizando, até chegar a
nós.
“Deem-nos a teoria e a possibilidade de efetivá-la, e se surpreenderão
com o encanto e a beleza de um professor em sala de aula.” Prof. Sonia Mara
Viero
“ Para ser um educador de verdade, um verdadeiro mestre, todo professor
deve, antes ser uma grande pessoa.”
Celso Antunes
Professora Sônia Mara Viero
segunda-feira, 30 de março de 2015
terça-feira, 24 de março de 2015
ESCOLA DE EDUCAÇÃO
BÁSICA CARLOS CHAGAS
II
COPINHA CARLOS CHAGAS
Interdisciplinaridade na Escola[1]
Catarina Aparecida Vettori Minks - Letras
Claudemar Knecht -
História
Cristiane Moreira da Silva Ciências - Biológicas
Josseane Benjamini -
Educação Física
Lydia Matilde Freitag da Rocha - Pedagogia
Magrid Auler - Geografia
Márcia Salete Machado de Mello - Informática
Maria Marlena Gauer Ko Freitag - Letras
Sônia Mara Viero - Letras
Susana Stockmann Subtil da Trindade - Arte
Leituras
e vídeos:
§
Shakira La La La (Brazil
2014) ft Carlinhos Brown
§
Clipe Oficial da copa 2014
§
Coleção Pingo nos Hinos: edição 2009
§
A História do
Hino Nacional Brasileiro, com MARCELO DUARTE
§ Beautiful Brazil as you've never seen it
§
Manifesto santista pela paz nos estádios
§
https://www.youtube.com/watch?v=cgEremCn3x0
Os jovens não são meros espectadores deste momento
social e econômico que está sendo gerado pela Copa do Mundo, muito pelo
contrário, eles são parte integrante, e estão vivenciando este momento,
portanto, podem e devem entender e posicionar-se com relação ao presente e o
futuro de seu país. A copa poderá trazer muitos avanços para o Brasil, porém os
problemas vão muito além dos atrasos nas obras dos estádios.
O
futebol, uma das maiores paixões do povo brasileiro, é uma das práticas
culturais (esportivas) mais difundidas em âmbito nacional que necessita ser
alvo de estudos científicos, na medida em que revela uma rede intrincada de
significações. Em período de copa do
mundo deve-se aproveitar esse acontecimento, para enriquecer e dar mais sentido
às aulas. Para isso realizou-se a II COPINHA CARLOS CHAGAS. Assim, de forma
interdisciplinar se proporcionou o desenvolvimento das múltiplas capacidade dos
educandos, com as seguintes atividades:
Na
disciplina de Educação Física foram organizados
jogos que visaram além da prática esportiva, a integração dos alunos, o
respeito as diferenças o incentivo a saúde.No esporte foram desenvolvidos jogos
de futsal com equipes nomeadas com os
países da Copa, torcidas organizadas, com apresentações artísticas entre
outros.O evento contou com a participação de todos os alunos e professores da
escola.
Foto:
Atividades EEBCC
Fonte:
Arquivo da Unidade Escolar.
Uma
pesquisa orientada por meio de uma web aula preparada pela professora de língua
inglesa no site www.webquestfacil.com.br foi uma proposta desafiadora para os
alunos do ensino médio. Na sala de informática da escola os alunos foram
divididos em grupos e a cada integrante do grupo (que devia liderar a equipe no
momento de sua etapa no trabalho) foi dada parte da tarefa que ia da pesquisa
em sites orientados até a montagem dos slides em power point e culminava com a
apresentação para as demais séries.
Cada
grupo de trabalho pesquisou o assunto distribuído a seu grupo em sala e criou
apresentação de power point contendo um parágrafo explicativo em inglês e uma
ilustração de cada tópico. A proposta foi assim distribuída:
Como
tarefa comum aos grupos foi solicitado que se imaginasse sendo um guia
turístico, cujo objetivo seria receber estrangeiros que chegassem ao Brasil
para assistir aos jogos da copa e a partir dessa ideia fosse elaborada uma
apresentação de slides com as seguintes informações: Moeda usada no Brasil,
cidades que sediam os jogos e pontos turísticos.
Em física observou-se Aspectos presentes na Copa do Mundo — dos
jogadores aos espectadores — e sua íntima relação com a tecnologia e o
desenvolvimento tecnológico.
Houve
uma discussão inicial e levantamento de conhecimentos prévios a respeito do
tema: “Física na Copa? Em quais aspectos da Copa do Mundo de Futebol a Física
pode ser identificada?”.— algumas respostas foram coerentes, outras nem tanto,
com base nos conhecimentos já desenvolvidos acerca da presença de tecnologia
nos jogos de futebol, com referência a conceitos físicos. Obteve-se um registro
inicial da discussão, que foi arquivado para posterior comparação ao final do
desenvolvimento do projeto. Isso permitiu aos alunos perceber, mesmo de forma
subliminar, seu desenvolvimento ao longo do trabalho.
Na disciplina de Arte foram confeccionadas
maquetes dos campos de futebol onde aconteceram os jogos da Copa, onde os
alunos pontuaram com precisão detalhes e características dos mesmos. Também com material alternativo confeccionaram
réplicas da Taça da copa. Com intuito de decorar o ambiente escolar, os alunos
através da técnica da origami fizeram TSURU com as cores da bandeira do Brasil,
criando móbiles que foram distribuídos nos corredores da escola.
Nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Literatura e de Sociologia fizeram o estudo hino
nacional brasileiro com o objetivo de valorizar e tornar significativo
cantá-lo.
A partir
do estudo do vocabulário contido no Hino Nacional Brasileiro foi possível
constatar o aproveitamento do trabalho diante das reflexões feitas pelos
alunos.
Em
História foram feitas pesquisas sobre a cultura de cada país participante da
Copa do Mundo 2014, além dos aspectos relacionados com a participação de cada
um nas edições das copas do Mundo.
Divididos em grupos os alunos deveriam pontuar
os seguintes aspectos: população, língua oficial, moeda oficial,
regime político, economia, aspectos religiosos e étnicos, aspectos históricos
marcantes, participação nas copas mundiais, craques e aspectos “hilários” com relação
à participação nas copas, imagens de pontos históricos e turísticos dos países
pesquisados.
O evento é a chance de trazer o
estudo da geografia para o dia a dia em sala de aula e também para discutir
pontos nevrálgicos com relação ao investimento de políticas públicas no
País.
Em Geografia foi desenvolvido o estudo dos aspectos geográficos
das regiões brasileiras e principais características dos países participantes
da copa, como: identificar e localizar os países das seleções participantes
da copa, bem como algumas de suas características geográficas, social, política
e econômica; apontar a importância da copa para a promoção do Brasil no
exterior; identificar as cidades sedes,
seus estádios e suas características geográficas; construir junto com o aluno
uma percepção crítica sobre a Copa de 2014 no Brasil; citar aquilo que a exemplo de outros mundiais
ocorreu de prejuízo para a nação, tanto do ponto de vista social quanto
econômico.
Foto:
ATIVIDADES EEBCC
Fonte:
Arquivo da Unidade Escolar.
Foram
abordados ainda características dos estados e das cidades sedes, tais suas histórias, bacias hidrográficas, culturas, curiosidades
e, claro, os estádios, principais palcos do grandioso evento.O que possibilitou
ao educando a possibilidade de conhecer
alguns aspectos gerais sobre os países que participaram do evento.
As atividades
interdisciplinares e jogos foram desenvolvidos buscando integrar e socializar
os alunos de modo que repudiem a discriminação por diferenças de raça, idade, religião,
classe social, violência e má conduta. Havendo respeito as regras e aos
envolvidos, bem como a aceitação de que não se vence sempre, mas que é com a
derrota que podemos extrair novas estratégias. Todos os
alunos se envolveram no trabalho proposto transformando o assunto num grande
aprendizado pois puderam conhecer a
história e a magia que envolve uma copa e ao mesmo tempo perceber que não
podemos usar esses momentos para mascarar os problemas da nação.
REFERENCIAS
CADERNOS DA PRIMEIRA ETAPA DE FORMAÇÃO
CONTINUADA DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
http://www.fifa.com/portuguese-language-message.html
www.copa2014.gov.br/noticia/conheca-os-detalhes-das-32-selecoes-participantes-da-copa-do-mundo-2014
http://www.hinodobrasil.com.br/
Secco,
Patrícia Engel; JUCA BRASILEIRO E O HINO NACIONAL (12 ed.).Ed Melhoramentos
[1] Experiência realizada na Escola de Educação Básica Carlos Chagas,
localizada no município de Piratuba, pertencente a Gerência Regional de Educação de Concórdia/SC.
E-mail: pedagogicoeebcc2012@gmail.com
SISMEDIO
– PROFESSORA JOSSEANE BENJAMINI
AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL
Atualmente,
muito se tem discutido sobre a avaliação no contexto escolar. Busca-se uma
verdadeira definição para o seu significado, justamente porque esse tem sido um
dos aspectos mais problemáticos na prática pedagógica.
Apesar de ser a avaliação uma prática social ampla, pela própria capacidade que o ser humano tem de observar, refletir e julgar, na escola sua dimensão não tem sido muito clara. Ela vem sendo utilizada ao longo das décadas como atribuição de notas, visando a promoção ou reprovação do aluno.
Sabe-se que a educação é um direito de todos os cidadãos, assegurando-se a igualdade de oportunidades (Constituição Brasileira). Inseridas neste contexto, ao estudarem, as pessoas passam muitas e muitas vezes pela avaliação, cujos aspectos legais norteiam o processo educacional através dos regimentos escolares. Assim, as avaliações são tidas como obrigatórias e, através delas, é expresso o "feedback" pelo qual se define o caminho para atingir os objetivos pessoais e sociais.
Hoje a avaliação, conforme define Luckesi (1996, p. 33), "é como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão". Ou seja, ela implica um juízo valorativo que expressa qualidade do objeto, obrigando, consequentemente, a um posicionamento efetivo sobre o mesmo.
A avaliação no contexto educativo quer se dirija ao sistema em seu conjunto quer a qualquer de seus componentes, corresponde a uma finalidade que, na maioria das vezes, implica tomar uma série de decisões relativas ao objeto avaliado.
A finalidade da avaliação é um aspecto crucial, já que determina, em grande parte, o tipo de informações consideradas pertinentes para analisar os critérios tomados como pontos de referência, os instrumentos utilizados no cotidiano da atividade avaliativa.
Nem sempre o professor tem definido os objetivos que quer alcançar com seus alunos. Nesse sentido, a avaliação muitas vezes tem sido utilizada mais como instrumento de poder nas mãos do professor, do que como feedback para os seus alunos e para o seu
próprio trabalho. Na realidade, é comum ouvir dos professores, os famosos "chavões" sempre indicando o desempenho ruim de alguns alunos, esquecendo-se de que esse desempenho pode estar ligado a outros fatores que não só o contexto escolar.
Segundo Sant'Anna (1995, p. 27), "há professores radicais em suas opiniões, só eles sabem, o aluno é imbecil, cuja presença só serve para garantir o miserável salário detentor do poder".
Nos dias de hoje, sabe-se que o professor tem "fortes concorrentes": a televisão, videocassete, computador, e aquele, em contrapartida, na sala de aula, tem o quadro negro e o giz. Não seria pertinente pensar na questão da utilização dos recursos no dia-a-dia, explorando mais o que o aluno tem fora, em casa, não só para as suas aulas, mas também para o processo de avaliação? Ezpeleta & Rockwell (1986, p. 25) declaram que "o conhecimento que um professor desenvolve ao trabalhar com um grupo de criança, incorpora necessariamente elementos de outros domínios de sua vida".
Na realidade, muitos professores fazem uso da avaliação, cobrando conteúdos aprendidos de formas mecânicas, sem muito significado para o aluno. Chegam até mesmo a utilizar a ameaça, vangloriam-se de reprovar a classe toda e/ou realizar vingança contra os alunos inquietos, desinteressados, desrespeitosos, levando estes e seus familiares ao desespero.
Enfatiza Hoffmann (1993) que geralmente os professores se utilizam da avaliação para verificar o rendimento dos alunos, classificando-os como bons, ruins, aprovados e reprovados. Na avaliação com função simplesmente classificatória, todos os instrumentos são utilizados para aprovar ou reprovar o aluno, revelando um lado ruim da escola, a exclusão. Segundo a autora, isso acontece pela falta de compreensão de alguns professores sobre o sentido da avaliação, reflexo de sua história de vida como aluno e professor.
De acordo com Moretto (1996, p. 1) a avaliação tem sido um processo angustiante para muitos professores que utilizam esse instrumento como recurso de repressão e alunos que identificam a avaliação como o "momento de acertos de contas", "a hora da verdade", "a hora da tortura".
Percebe-se que a avaliação tem sido utilizada de forma equivocada pelos professores. Estes dão sua sentença final de acordo com o desempenho do aluno.
Luckesi (1996) alerta que a avaliação com função classificatória não auxilia em nada o avanço e o crescimento do aluno e do professor, pois constitui-se num instrumento estático e frenador de todo o processo educativo. Segundo o autor, a avaliação com função diagnóstica, ao contrário da classificatória, constitui-se num momento dialético do processo de avançar no desenvolvimento da ação e do crescimento da autonomia.
Essa problemática em torno da avaliação ocorre na educação infantil, mas no ensino regular, médio e superior. E a exigência de um processo formal de avaliação surge por pressões das famílias.
Exercendo a função de avaliador, deve-se ter claro o desenvolvimento integral do aluno pois, segundo Jersild (apud Sant"Anna, 1995, p. 24, "a auto compreensão e a auto aceitação do professor constituem o requisito mais importante em todo o esforço destinado a ajudar os alunos a se compreenderem e forjar neles atitudes sadias de auto - aceitação".
O professor deve ver seu aluno como um ser social e político, construtor do seu próprio conhecimento. Deve percebê-lo como alguém capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora e propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve. O professor deverá, ainda, ser o "mediador" entre o aluno e o conhecimento, proporcionando-lhe os conhecimentos sistematizados. Assim, nessa visão, o professor deixa de ser considerado "o dono do saber" e o aluno, um mero receptor de informações.
O ato de avaliar não pode ser entendido como um momento final do processo em que se verifica o que o aluno alcançou. A questão não está, portanto, em tentar uniformizar o comportamento do aluno, mas em criar condições de aprendizagem que permitam
a ele, qualquer que seja seu nível, evoluir na construção de seu conhecimento.
A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidor de experiências que devem ser valorizadas na escola. Devem ser oportunizados aos alunos os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade.
Nesse sentido, faz-se necessário redimensionar a prática de avaliação no contexto escolar. Então, não só o aluno, mas o professor e todos os envolvidos na prática pedagógica podem, através dela, refletir sobre sua própria evolução na construção do conhecimento.
O educador deve ter, portanto, um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja dinâmico, criativo, inovador. Assim, colabora para um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participante dos momentos de transformação da sociedade.
Apesar de ser a avaliação uma prática social ampla, pela própria capacidade que o ser humano tem de observar, refletir e julgar, na escola sua dimensão não tem sido muito clara. Ela vem sendo utilizada ao longo das décadas como atribuição de notas, visando a promoção ou reprovação do aluno.
Sabe-se que a educação é um direito de todos os cidadãos, assegurando-se a igualdade de oportunidades (Constituição Brasileira). Inseridas neste contexto, ao estudarem, as pessoas passam muitas e muitas vezes pela avaliação, cujos aspectos legais norteiam o processo educacional através dos regimentos escolares. Assim, as avaliações são tidas como obrigatórias e, através delas, é expresso o "feedback" pelo qual se define o caminho para atingir os objetivos pessoais e sociais.
Hoje a avaliação, conforme define Luckesi (1996, p. 33), "é como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão". Ou seja, ela implica um juízo valorativo que expressa qualidade do objeto, obrigando, consequentemente, a um posicionamento efetivo sobre o mesmo.
A avaliação no contexto educativo quer se dirija ao sistema em seu conjunto quer a qualquer de seus componentes, corresponde a uma finalidade que, na maioria das vezes, implica tomar uma série de decisões relativas ao objeto avaliado.
A finalidade da avaliação é um aspecto crucial, já que determina, em grande parte, o tipo de informações consideradas pertinentes para analisar os critérios tomados como pontos de referência, os instrumentos utilizados no cotidiano da atividade avaliativa.
Nem sempre o professor tem definido os objetivos que quer alcançar com seus alunos. Nesse sentido, a avaliação muitas vezes tem sido utilizada mais como instrumento de poder nas mãos do professor, do que como feedback para os seus alunos e para o seu
próprio trabalho. Na realidade, é comum ouvir dos professores, os famosos "chavões" sempre indicando o desempenho ruim de alguns alunos, esquecendo-se de que esse desempenho pode estar ligado a outros fatores que não só o contexto escolar.
Segundo Sant'Anna (1995, p. 27), "há professores radicais em suas opiniões, só eles sabem, o aluno é imbecil, cuja presença só serve para garantir o miserável salário detentor do poder".
Nos dias de hoje, sabe-se que o professor tem "fortes concorrentes": a televisão, videocassete, computador, e aquele, em contrapartida, na sala de aula, tem o quadro negro e o giz. Não seria pertinente pensar na questão da utilização dos recursos no dia-a-dia, explorando mais o que o aluno tem fora, em casa, não só para as suas aulas, mas também para o processo de avaliação? Ezpeleta & Rockwell (1986, p. 25) declaram que "o conhecimento que um professor desenvolve ao trabalhar com um grupo de criança, incorpora necessariamente elementos de outros domínios de sua vida".
Na realidade, muitos professores fazem uso da avaliação, cobrando conteúdos aprendidos de formas mecânicas, sem muito significado para o aluno. Chegam até mesmo a utilizar a ameaça, vangloriam-se de reprovar a classe toda e/ou realizar vingança contra os alunos inquietos, desinteressados, desrespeitosos, levando estes e seus familiares ao desespero.
Enfatiza Hoffmann (1993) que geralmente os professores se utilizam da avaliação para verificar o rendimento dos alunos, classificando-os como bons, ruins, aprovados e reprovados. Na avaliação com função simplesmente classificatória, todos os instrumentos são utilizados para aprovar ou reprovar o aluno, revelando um lado ruim da escola, a exclusão. Segundo a autora, isso acontece pela falta de compreensão de alguns professores sobre o sentido da avaliação, reflexo de sua história de vida como aluno e professor.
De acordo com Moretto (1996, p. 1) a avaliação tem sido um processo angustiante para muitos professores que utilizam esse instrumento como recurso de repressão e alunos que identificam a avaliação como o "momento de acertos de contas", "a hora da verdade", "a hora da tortura".
Percebe-se que a avaliação tem sido utilizada de forma equivocada pelos professores. Estes dão sua sentença final de acordo com o desempenho do aluno.
Luckesi (1996) alerta que a avaliação com função classificatória não auxilia em nada o avanço e o crescimento do aluno e do professor, pois constitui-se num instrumento estático e frenador de todo o processo educativo. Segundo o autor, a avaliação com função diagnóstica, ao contrário da classificatória, constitui-se num momento dialético do processo de avançar no desenvolvimento da ação e do crescimento da autonomia.
Essa problemática em torno da avaliação ocorre na educação infantil, mas no ensino regular, médio e superior. E a exigência de um processo formal de avaliação surge por pressões das famílias.
Exercendo a função de avaliador, deve-se ter claro o desenvolvimento integral do aluno pois, segundo Jersild (apud Sant"Anna, 1995, p. 24, "a auto compreensão e a auto aceitação do professor constituem o requisito mais importante em todo o esforço destinado a ajudar os alunos a se compreenderem e forjar neles atitudes sadias de auto - aceitação".
O professor deve ver seu aluno como um ser social e político, construtor do seu próprio conhecimento. Deve percebê-lo como alguém capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora e propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve. O professor deverá, ainda, ser o "mediador" entre o aluno e o conhecimento, proporcionando-lhe os conhecimentos sistematizados. Assim, nessa visão, o professor deixa de ser considerado "o dono do saber" e o aluno, um mero receptor de informações.
O ato de avaliar não pode ser entendido como um momento final do processo em que se verifica o que o aluno alcançou. A questão não está, portanto, em tentar uniformizar o comportamento do aluno, mas em criar condições de aprendizagem que permitam
a ele, qualquer que seja seu nível, evoluir na construção de seu conhecimento.
A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidor de experiências que devem ser valorizadas na escola. Devem ser oportunizados aos alunos os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade.
Nesse sentido, faz-se necessário redimensionar a prática de avaliação no contexto escolar. Então, não só o aluno, mas o professor e todos os envolvidos na prática pedagógica podem, através dela, refletir sobre sua própria evolução na construção do conhecimento.
O educador deve ter, portanto, um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja dinâmico, criativo, inovador. Assim, colabora para um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participante dos momentos de transformação da sociedade.
Assinar:
Comentários (Atom)