terça-feira, 31 de março de 2015

REFLEXÃO: EDUCAÇÃO E CIDADANIA....PROFESSOR/ALUNO/ESCOLA – PROPOSTA CURRICULAR

REFLEXÃO: EDUCAÇÃO E CIDADANIA....PROFESSOR/ALUNO/ESCOLA – PROPOSTA CURRICULAR
Um sistema de educação pública eficiente tem sido tema em discussões no Brasil inteiro, já que exerce um papel fundamental no desenvolvimento da pessoa e da sociedade. Teoricamente há uma preocupação muito grande com isto, mas efetivamente nunca se concretiza. Por quê?
Creio literalmente nestes quatro pilares:
-aprender a conhecer: pressupõe selecionar, acessar, integrar os elementos de uma cultura geral, com profundidade em alguns assuntos, com espírito investigativo e visão crítica – aprender ao longo da vida;
- aprender a fazer: desenvolver a competência de se relacionar em grupo, resolver problemas e adquirir qualificação profissional;
- aprender a viver com os outros: é a compreensão do outro, realizar projetos em comum, fortalecer sua identidade, respeitar a do outro, respeitar a pluralidade, busca da paz.
- aprender a ser: expressar opiniões e assumir as responsabilidades pessoais.
Como então organizar um ensino competente para lidar com a complexidade humana e social neste tempo em que vivemos, e com projeções de um futuro positivo para a humanidade?
No estudo que temos realizado, identifiquei alguns itens relevantes para discussão:
·         Foco na aprendizagem;
·         Consciência e prática de rede, isto é planejamento coletivo;
·         Perfil do professor, isto é formação docente;
·         Valorização da leitura;
·         Atenção individual ao aluno que precisa;
·         Atividades complementares e parceria, principalmente dentro da escola.
Busca-se uma qualidade na educação, assim sendo é na figura do professor que está centralizada a atenção.  A formação profissional específica é falha. Constata-se, e é evidente de que a qualificação é uma importante variável no processo aprendizagem dos alunos, e, portanto numa educação de qualidade. A formação docente é ineficiente, nos cursos de graduação, os conteúdos de disciplinas  são transmitidos de maneira superficial, já que lhes é oportunizado o Curso em finais de semana ou à distância. Sem generalizar, muitos não buscam mais fontes de conhecimento, além do que lhe é proporcionado.
Professor com “vocação” tem que se sentir motivado, satisfeito no trabalho e se identificando com sua escola, este também é um item indispensável à qualidade da educação. Ao se sentir motivado e valorizado pelos seus superiores, (governo, direção) pelo grupo, por alunos, pela sociedade; ter uma qualificação adequada para o exercício de professor, ingressar no magistério, ter condições de trabalho, ( novas estruturas nas escolas, ainda temos o quadro negro e o giz) progressão justa na carreira, “efetivamente” uma formação continuada, SALÁRIOS justos, sem precisar carregar sua carga horária em sala, para ganhar um pouco mais, ter tempo para o planejamento (coletivo), e ter o sábado e domingo destinado ao lazer, relaxamento e família.  Então, realizará atividades que refletem está valorização, consequentemente, qualidade. Eis uma sinergia necessária para que a escola cumpra sua tarefa social relevante à socialização do saber e de forma humanizadora.
Agora, vamos pensar num trabalho integrado, interdisciplinar, o que, com certeza estimulará e tornará interessante o estudo dos conteúdos de cada disciplina, já que se oportunizará uma abordagem numa perspectiva diferente, que estará em sintonia com nosso jovem, que assim permanecerá na escola e se, atenderá esta demanda que é de uma geração movida por uma era tecnológica, totalmente diferente dos jovens que tínhamos, é o que  encaminha nossa nova Proposta Curricular.
Como diz Celso Antunes, os tempos de agora são outros, nem melhores, nem piores, mas indiscutivelmente diferentes. Não mais basta acumular conhecimentos. É, antes, essencial estar à altura de aproveitar e explorar, pela vida inteira, todas as possibilidades de aprendizado, da atualização, do enriquecimento para as mudanças que em todos os momentos nos assaltam.
Vamos todos nos enquadrar no que verdadeiramente uma escola deve proporcionar – “conhecer, fazer, viver juntos e ser”. E, este não é um ato somente do professor de sala de aula, ele deve iniciar pelo mais alto grau de poder desta sociedade e de forma hierárquica vir se concretizando, até chegar a nós.
“Deem-nos a teoria e a possibilidade de efetivá-la, e se surpreenderão com o encanto e a beleza de um professor em sala de aula.” Prof. Sonia Mara Viero
“ Para ser um educador de verdade, um verdadeiro mestre, todo professor deve, antes ser uma grande pessoa.”   Celso Antunes
Professora Sônia Mara Viero



Problemas enfrentados pela escola - Professora Josseane Benjamini

Danilo Gandin - Palavra de Educador

terça-feira, 24 de março de 2015


ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA CARLOS CHAGAS
II COPINHA CARLOS CHAGAS
Interdisciplinaridade na Escola[1]

Catarina Aparecida Vettori Minks -  Letras
Claudemar Knecht  - História
Cristiane Moreira da Silva Ciências -  Biológicas
Josseane Benjamini -  Educação Física
Lydia Matilde Freitag da Rocha -  Pedagogia
Magrid Auler - Geografia
Márcia Salete Machado de Mello -  Informática
Maria Marlena Gauer Ko Freitag - Letras
Sônia Mara Viero - Letras
Susana Stockmann Subtil da Trindade - Arte

Leituras e vídeos:
§  Shakira   La La La (Brazil 2014) ft Carlinhos Brown
§  Clipe Oficial da copa 2014
§  Coleção Pingo nos Hinos: edição 2009
§  A História do Hino Nacional Brasileiro, com MARCELO DUARTE
§  Beautiful Brazil as you've never seen it
§  Manifesto santista pela paz nos estádios
§  https://www.youtube.com/watch?v=cgEremCn3x0


Os jovens não são meros espectadores deste momento social e econômico que está sendo gerado pela Copa do Mundo, muito pelo contrário, eles são parte integrante, e estão vivenciando este momento, portanto, podem e devem entender e posicionar-se com relação ao presente e o futuro de seu país. A copa poderá trazer muitos avanços para o Brasil, porém os problemas vão muito além dos atrasos nas obras dos estádios. 
O futebol, uma das maiores paixões do povo brasileiro, é uma das práticas culturais (esportivas) mais difundidas em âmbito nacional que necessita ser alvo de estudos científicos, na medida em que revela uma rede intrincada de significações. Em  período de copa do mundo deve-se aproveitar esse acontecimento, para enriquecer e dar mais sentido às aulas. Para isso realizou-se a II COPINHA CARLOS CHAGAS. Assim, de forma interdisciplinar se proporcionou o desenvolvimento das múltiplas capacidade dos educandos, com as seguintes atividades:
Na disciplina de Educação Física foram organizados  jogos que visaram além da prática esportiva, a integração dos alunos, o respeito as diferenças o incentivo a saúde.No esporte foram desenvolvidos jogos de futsal com equipes nomeadas com  os países da Copa, torcidas organizadas, com apresentações artísticas entre outros.O evento contou com a participação de todos os alunos e professores da escola.

Foto: Atividades EEBCC
Fonte: Arquivo da Unidade Escolar.


Uma pesquisa orientada por meio de uma web aula preparada pela professora de língua inglesa no site www.webquestfacil.com.br foi uma proposta desafiadora para os alunos do ensino médio. Na sala de informática da escola os alunos foram divididos em grupos e a cada integrante do grupo (que devia liderar a equipe no momento de sua etapa no trabalho) foi dada parte da tarefa que ia da pesquisa em sites orientados até a montagem dos slides em power point e culminava com a apresentação para as demais séries.
Cada grupo de trabalho pesquisou o assunto distribuído a seu grupo em sala e criou apresentação de power point contendo um parágrafo explicativo em inglês e uma ilustração de cada tópico. A proposta foi assim distribuída:
Como tarefa comum aos grupos foi solicitado que se imaginasse sendo um guia turístico, cujo objetivo seria receber estrangeiros que chegassem ao Brasil para assistir aos jogos da copa e a partir dessa ideia fosse elaborada uma apresentação de slides com as seguintes informações: Moeda usada no Brasil, cidades que sediam os jogos e pontos turísticos.    
Em física observou-se Aspectos presentes na Copa do Mundo — dos jogadores aos espectadores — e sua íntima relação com a tecnologia e o desenvolvimento tecnológico.
Houve uma discussão inicial e levantamento de conhecimentos prévios a respeito do tema: “Física na Copa? Em quais aspectos da Copa do Mundo de Futebol a Física pode ser identificada?”.— algumas respostas foram coerentes, outras nem tanto, com base nos conhecimentos já desenvolvidos acerca da presença de tecnologia nos jogos de futebol, com referência a conceitos físicos. Obteve-se um registro inicial da discussão, que foi arquivado para posterior comparação ao final do desenvolvimento do projeto. Isso permitiu aos alunos perceber, mesmo de forma subliminar, seu desenvolvimento ao longo do trabalho.
Na disciplina de Arte foram confeccionadas maquetes dos campos de futebol onde aconteceram os jogos da Copa, onde os alunos pontuaram com precisão detalhes e características dos mesmos.  Também com material alternativo confeccionaram réplicas da Taça da copa. Com intuito de decorar o ambiente escolar, os alunos através da técnica da origami fizeram TSURU com as cores da bandeira do Brasil, criando móbiles que foram distribuídos nos corredores da escola.
 Nas disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura e de Sociologia fizeram o estudo   hino nacional brasileiro com o objetivo de valorizar e tornar significativo cantá-lo.
  A partir do estudo do vocabulário contido no Hino Nacional Brasileiro foi possível constatar o aproveitamento do trabalho diante das reflexões feitas pelos alunos.
Em História foram feitas pesquisas sobre a cultura de cada país participante da Copa do Mundo 2014, além dos aspectos relacionados com a participação de cada um nas edições das copas do Mundo.
 Divididos em grupos os alunos deveriam pontuar os seguintes aspectos:   população, língua oficial, moeda oficial, regime político, economia, aspectos religiosos e étnicos, aspectos históricos marcantes, participação nas copas mundiais, craques e aspectos “hilários” com relação à participação nas copas, imagens de pontos históricos e turísticos dos países pesquisados.
                        O evento é a chance de trazer o estudo da geografia para o dia a dia em sala de aula e também para discutir pontos nevrálgicos com relação ao investimento de políticas públicas no País.            
            Em Geografia foi desenvolvido o estudo dos aspectos geográficos das regiões brasileiras e principais características dos países participantes da copa, como: identificar e localizar os países das seleções participantes da copa, bem como algumas de suas características geográficas, social, política e econômica; apontar a importância da copa para a promoção do Brasil no exterior;  identificar as cidades sedes, seus estádios e suas características geográficas; construir junto com o aluno uma percepção crítica sobre a Copa de 2014 no Brasil;  citar aquilo que a exemplo de outros mundiais ocorreu de prejuízo para a nação, tanto do ponto de vista social quanto econômico.
Foto: ATIVIDADES EEBCC
Fonte: Arquivo da Unidade Escolar.

  Foram abordados ainda características dos estados e das cidades sedes, tais  suas histórias,  bacias hidrográficas, culturas, curiosidades e, claro, os estádios, principais palcos do grandioso evento.O que possibilitou ao educando a possibilidade  de conhecer alguns aspectos gerais sobre os países que participaram do evento.
            As atividades interdisciplinares e jogos foram desenvolvidos buscando integrar e socializar os alunos de modo que repudiem a discriminação por diferenças de raça, idade, religião, classe social, violência e má conduta. Havendo respeito as regras e aos envolvidos, bem como a aceitação de que não se vence sempre, mas que é com a derrota que podemos extrair novas estratégias. Todos os alunos se envolveram no trabalho proposto transformando o assunto num grande aprendizado pois  puderam conhecer a história e a magia que envolve uma copa e ao mesmo tempo perceber que não podemos usar esses momentos para mascarar os problemas da nação.       
REFERENCIAS
CADERNOS DA PRIMEIRA ETAPA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
http://www.hinodobrasil.com.br/  
Secco, Patrícia Engel; JUCA BRASILEIRO E O HINO NACIONAL (12 ed.).Ed Melhoramentos
 www.portal2014.org.br



[1] Experiência realizada  na Escola de Educação Básica Carlos Chagas, localizada no município de Piratuba, pertencente a  Gerência Regional de Educação de Concórdia/SC. E-mail: pedagogicoeebcc2012@gmail.com

SISMEDIO – PROFESSORA JOSSEANE BENJAMINI
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Atualmente, muito se tem discutido sobre a avaliação no contexto escolar. Busca-se uma verdadeira definição para o seu significado, justamente porque esse tem sido um dos aspectos mais problemáticos na prática pedagógica.
          Apesar de ser a avaliação uma prática social ampla, pela própria capacidade que o ser humano tem de observar, refletir e julgar, na escola sua dimensão não tem sido muito clara. Ela vem sendo utilizada ao longo das décadas como atribuição de notas, visando a promoção ou reprovação do aluno.
          Sabe-se que a educação é um direito de todos os cidadãos, assegurando-se a igualdade de oportunidades (Constituição Brasileira). Inseridas neste contexto, ao estudarem, as pessoas passam muitas e muitas vezes pela avaliação, cujos aspectos legais norteiam o processo educacional através dos regimentos escolares. Assim, as avaliações são tidas como obrigatórias e, através delas, é expresso o "feedback" pelo qual se define o caminho para atingir os objetivos pessoais e sociais.
          Hoje a avaliação, conforme define Luckesi (1996, p. 33), "é como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista  uma tomada de decisão". Ou seja, ela implica um juízo valorativo que expressa qualidade do objeto, obrigando, consequentemente, a um posicionamento efetivo sobre o mesmo.
          A avaliação no contexto educativo quer se dirija ao sistema em seu conjunto quer a qualquer de seus componentes, corresponde a uma finalidade que, na maioria das vezes, implica tomar uma série de decisões relativas ao objeto avaliado.
          A finalidade da avaliação é um aspecto crucial, já que determina, em grande parte, o tipo de informações consideradas pertinentes para analisar os critérios tomados como pontos de referência, os instrumentos utilizados no cotidiano da atividade avaliativa.
          Nem sempre o professor tem definido os objetivos que quer alcançar com seus alunos. Nesse sentido, a avaliação muitas vezes tem sido utilizada mais como instrumento de poder nas mãos do professor, do que como feedback para os seus alunos e para o seu
próprio trabalho. Na realidade, é comum ouvir dos professores, os famosos "chavões" sempre indicando o desempenho ruim de alguns alunos, esquecendo-se de que esse desempenho pode estar ligado a outros fatores que não só o contexto escolar.
          Segundo Sant'Anna (1995, p. 27), "há professores radicais em suas opiniões, só eles sabem, o aluno é imbecil, cuja presença só serve para garantir o miserável salário detentor do poder".
          Nos dias de hoje, sabe-se que o professor tem "fortes concorrentes": a televisão, videocassete, computador, e aquele, em contrapartida, na sala de aula, tem o quadro negro e o giz. Não seria pertinente  pensar na questão da utilização dos recursos no dia-a-dia, explorando mais o que o aluno tem fora, em casa, não só para as suas aulas, mas também para o processo de avaliação? Ezpeleta & Rockwell (1986, p. 25) declaram que "o conhecimento que um professor desenvolve ao trabalhar com um grupo de criança, incorpora necessariamente elementos de outros domínios de sua vida".
          Na realidade, muitos professores fazem uso da avaliação, cobrando conteúdos aprendidos de formas mecânicas, sem muito significado para o aluno. Chegam  até mesmo a utilizar a ameaça, vangloriam-se de reprovar a classe  toda e/ou realizar vingança contra os alunos inquietos, desinteressados, desrespeitosos, levando estes e seus familiares ao desespero.
          Enfatiza Hoffmann (1993) que geralmente os professores se utilizam da avaliação para verificar o rendimento dos alunos, classificando-os como bons, ruins, aprovados e reprovados. Na avaliação com função simplesmente classificatória, todos os instrumentos são utilizados para aprovar ou reprovar o aluno, revelando um lado ruim da escola, a exclusão. Segundo a autora, isso acontece pela falta de compreensão de alguns professores sobre o sentido da avaliação, reflexo de sua história de vida como aluno e professor.
          De acordo com Moretto (1996, p. 1) a avaliação tem sido um processo angustiante para muitos professores que utilizam esse instrumento como recurso de repressão e alunos que identificam a avaliação como o "momento de acertos de contas", "a hora da verdade", "a hora da tortura".
          Percebe-se que a avaliação tem sido utilizada de forma equivocada pelos professores. Estes dão sua sentença final de acordo com o desempenho do aluno.
          Luckesi (1996) alerta que a avaliação com função classificatória não auxilia em nada o avanço e o crescimento do aluno e do professor, pois constitui-se num instrumento estático e frenador de todo o processo educativo. Segundo o autor, a avaliação com função diagnóstica, ao contrário da classificatória, constitui-se num momento dialético do processo de avançar no desenvolvimento da ação e do crescimento da autonomia.
          Essa problemática em torno da avaliação ocorre na educação infantil, mas no ensino regular, médio e superior. E a exigência de um processo formal de avaliação surge por pressões das famílias.
          Exercendo a função de avaliador, deve-se ter claro o desenvolvimento integral do aluno pois, segundo Jersild (apud Sant"Anna, 1995, p. 24, "a auto compreensão e a auto aceitação do professor constituem o requisito mais importante em todo o esforço destinado a ajudar os alunos a se compreenderem e forjar neles atitudes sadias de auto - aceitação".
          O professor deve ver seu aluno como um ser social e político, construtor do seu próprio conhecimento. Deve percebê-lo como alguém capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora e propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve. O professor deverá, ainda, ser o "mediador" entre o aluno e o conhecimento, proporcionando-lhe os conhecimentos sistematizados. Assim, nessa visão, o professor deixa de ser considerado "o dono do saber" e o aluno, um mero receptor de informações.
          O ato de avaliar não pode ser entendido como um momento final do processo em que  se verifica o que o aluno alcançou. A questão não está, portanto, em tentar uniformizar o comportamento do aluno, mas em criar condições de aprendizagem que permitam
a ele, qualquer que seja seu nível, evoluir na construção de seu conhecimento.
          A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidor de experiências que devem ser valorizadas na escola. Devem ser oportunizados aos alunos os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade.
          Nesse sentido, faz-se necessário redimensionar a prática de avaliação no contexto escolar. Então, não só o aluno, mas o professor e todos os envolvidos na prática pedagógica podem, através dela, refletir sobre sua própria evolução na construção do conhecimento.
          O educador deve ter, portanto, um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja dinâmico, criativo, inovador. Assim, colabora para um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participante dos momentos de transformação da sociedade. 
CIÊNCIAS HUMANAS COMO PROJETO PEDAGÓGICO
Envolve as áreas: História, Geografia, Filosofia, Sociologia > HUMANIDADE > Um repensar da história.
Construir desta forma, práticas pedagógicas de natureza interdisciplinar > EDUCAÇÃO Integrada.
Paídeia > Preparar o jovem aristocrático para a vida pessoal, família, social ( de forma religiosa, política e moral), com um preparo extra no físico, música, poesia, dança..... não havia algo voltado ao vocacional.
Ênfase > à sabedoria humana > aplicação à vida de forma virtuosa, pessoal, mas vivendo virtuosamente em sociedade,

Comentário Pessoal:
Imagino hoje os filósofos gregos se revirando em seus túmulos......Sonia.
Ideal, sem sombra de dúvidas, planejar juntos, dialogar, trocar ideias, experiências....mas o planejamento é literalmente isolado, por quê?
Professores sem tempo, com cargas horárias preenchidas com aula excedentes,. em virtude do baixo salário, calendário não prevê dias para estudo coletivo, somente se formos realizá-los em sábados e domingos, já que em nossas horas atividades somos obrigados a nos dedicar a preparar aulas, correções, preencher dados do professor on line etc... Valorização e respeito ao profissional “PROFESSOR” é o que falta, tudo então, seria perfeito.
Acredito ainda, que os professores que atuam em sala de aula, é por que amam o que fazem e na sua grande maioria agem de forma virtuosa e com sabedoria, como os filósofos gregos sugeriam, sabem ler o mundo tenta-se que o aluno também o faça, que reflitam, que questionem para que haja uma vivência melhor em sociedade.
Agora, sabe-se também que o sistema governamental tem isso tudo, muito lindo e perfeito na “teoria”, seres críticos não é seu objetivo. Afirmo isso diante do fato, por exemplo, da pressão, repressão e ameaças que a classe recebe, num país “democrático”, quando vai as ruas lutar por seus direitos, quando alunos querem prestar apoio aos seus professores e então são acuados, barrados, com envolvimento inclusive de Conselhos Tutelares e Polícia Militar ( são de menores não podem fazer isso)...Ai fala-se em educação democrática, autônoma, virtuosa???
Tudo é muito mascarado. Sabemos também da hierarquia a ser respeitada, das leis e isso automaticamente aconteceria se fosse mútuo e recíproco. Vamos falar em respeito, valorização e humanização?
Aí teremos um sistema educacional eficiente....caso contrário é teoria e utopia. ( Sonia Mara Viero – 33 anos de educação).


quinta-feira, 12 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

II COPINHA CARLOS CHAGAS
Interdisciplinaridade na escola.
Escola de Educação Básica Carlos Chagas
Pedagogicoeebcc2012@gmail.com
Ensino Médio
Piratuba/SC
6ª Gered- Concórdia-SC
Catarina Aparecida Vettori Minks -  Letras
Claudemar Knecht  - História
Cristiane Moreira da Silva Ciências -  Biológicas
Josseane Benjamini -  Educação Física
Lydia Matilde Freitag da Rocha -  Pedagogia
Magrid Auler - Geografia
Márcia Salete Machado de Mello -  Informática
Maria Marlena Gauer Ko Freitag - Letras
Sônia Mara Viero - Letras
Susana Stockmann Subtil da Trindade - Arte
Leituras e vídeos:
Shakira   La La La (Brazil 2014) ft Carlinhos Brown
Clipe Oficial da copa 2014
Coleção Pingo nos Hinos: edição 2009
 A História do Hino Nacional Brasileiro, com MARCELO DUARTE
Beautiful Brazil as you've never seen it
Manifesto santista pela paz nos estádios
 https://www.youtube.com/watch?v=cgEremCn3x0
Os jovens não são meros espectadores deste momento social e econômico que está sendo gerado pela Copa do Mundo, muito pelo contrário, eles são parte integrante, e estão vivenciando este momento, portanto, podem e devem entender e posicionar-se com relação ao presente e o futuro de seu país. A copa poderá trazer muitos avanços para o Brasil, porém os problemas vão muito além dos atrasos nas obras dos estádios. 
O futebol, uma das maiores paixões do povo brasileiro, é uma das práticas culturais (esportivas) mais difundidas em âmbito nacional que necessita ser alvo de estudos científicos, na medida em que revela uma rede intrincada de significações. Em  período de copa do mundo deve-se aproveitar esse acontecimento, para enriquecer e dar mais sentido às aulas. Para isso realizou-se a II COPINHA CARLOS CHAGAS. Assim, de forma interdisciplinar se proporcionou o desenvolvimento das múltiplas capacidade dos educandos, com as seguintes atividades:
Na disciplina de Educação Física foram organizados  jogos que visaram além da prática esportiva, a integração dos alunos, o respeito as diferenças o incentivo a saúde.No esporte foram desenvolvidos jogos de futsal com equipes nomeadas com  os países da Copa, torcidas organizadas, com apresentações artísticas entre outros.O evento contou com a participação de todos os alunos e professores da escola.

            Uma pesquisa orientada por meio de uma web aula preparada pela professora de língua inglesa no site www.webquestfacil.com.br foi uma proposta desafiadora para os alunos do ensino médio. Na sala de informática da escola os alunos foram divididos em grupos e a cada integrante do grupo (que devia liderar a equipe no momento de sua etapa no trabalho) foi dada parte da tarefa que ia da pesquisa em sites orientados até a montagem dos slides em power point e culminava com a apresentação para as demais séries.
Cada grupo de trabalho pesquisou o assunto distribuído a seu grupo em sala e criou apresentação de power point contendo um parágrafo explicativo em inglês e uma ilustração de cada tópico. A proposta foi assim distribuída:
Como tarefa comum aos grupos foi solicitado que se imaginasse sendo um guia turístico, cujo objetivo seria receber estrangeiros que chegassem ao Brasil para assistir aos jogos da copa e a partir dessa ideia fosse elaborada uma apresentação de slides com as seguintes informações: Moeda usada no Brasil, cidades que sediam os jogos e pontos turísticos.    
Em física observou-se Aspectos presentes na Copa do Mundo — dos jogadores aos espectadores — e sua íntima relação com a tecnologia e o desenvolvimento tecnológico.
Houve uma discussão inicial e levantamento de conhecimentos prévios a respeito do tema: “Física na Copa? Em quais aspectos da Copa do Mundo de Futebol a Física pode ser identificada?”.— algumas respostas foram coerentes, outras nem tanto, com base nos conhecimentos já desenvolvidos acerca da presença de tecnologia nos jogos de futebol, com referência a conceitos físicos. Obteve-se um registro inicial da discussão, que foi arquivado para posterior comparação ao final do desenvolvimento do projeto. Isso permitiu aos alunos perceber, mesmo de forma subliminar, seu desenvolvimento ao longo do trabalho.
Na disciplina de Arte foram confeccionadas maquetes dos campos de futebol onde aconteceram os jogos da Copa, onde os alunos pontuaram com precisão detalhes e características dos mesmos.  Também com material alternativo confeccionaram réplicas da Taça da copa. Com intuito de decorar o ambiente escolar, os alunos através da técnica da origami fizeram TSURU com as cores da bandeira do Brasil, criando móbiles que foram distribuídos nos corredores da escola.
 Nas disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura e de Sociologia fizeram o estudo   hino nacional brasileiro com o objetivo de valorizar e tornar significativo cantá-lo.
  A partir do estudo do vocabulário contido no Hino Nacional Brasileiro foi possível constatar o aproveitamento do trabalho diante das reflexões feitas pelos alunos.
Em História foram feitas pesquisas sobre a cultura de cada país participante da Copa do Mundo 2014, além dos aspectos relacionados com a participação de cada um nas edições das copas do Mundo.
 Divididos em grupos os alunos deveriam pontuar os seguintes aspectos:   população, língua oficial, moeda oficial, regime político, economia, aspectos religiosos e étnicos, aspectos históricos marcantes, participação nas copas mundiais, craques e aspectos “hilários” com relação à participação nas copas, imagens de pontos históricos e turísticos dos países pesquisados.
                        O evento é a chance de trazer o estudo da geografia para o dia a dia em sala de aula e também para discutir pontos nevrálgicos com relação ao investimento de políticas públicas no País.            
            Em Geografia foi desenvolvido o estudo dos aspectos geográficos das regiões brasileiras e principais características dos países participantes da copa, como: identificar e localizar os países das seleções participantes da copa, bem como algumas de suas características geográficas, social, política e econômica; apontar a importância da copa para a promoção do Brasil no exterior;  identificar as cidades sedes, seus estádios e suas características geográficas; construir junto com o aluno uma percepção crítica sobre a Copa de 2014 no Brasil;  citar aquilo que a exemplo de outros mundiais ocorreu de prejuízo para a nação, tanto do ponto de vista social quanto econômico.
  Foram abordados ainda características dos estados e das cidades sedes, tais  suas histórias,  bacias hidrográficas, culturas, curiosidades e, claro, os estádios, principais palcos do grandioso evento.O que possibilitou ao educando a possibilidade  de conhecer alguns aspectos gerais sobre os países que participaram do evento.
            As atividades interdisciplinares e jogos foram desenvolvidos buscando integrar e socializar os alunos de modo que repudiem a discriminação por diferenças de raça, idade, religião, classe social, violência e má conduta. Havendo respeito as regras e aos envolvidos, bem como a aceitação de que não se vence sempre, mas que é com a derrota que podemos extrair novas estratégias. Todos os alunos se envolveram no trabalho proposto transformando o assunto num grande aprendizado pois  puderam conhecer a história e a magia que envolve uma copa e ao mesmo tempo perceber que não podemos usar esses momentos para mascarar os problemas da nação.       
REFERENCIAS
CADERNOS DA PRIMEIRA ETAPA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes-impressas/revista-nova-escola-indice-fevereiro-2014-773203.shtml
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/copa-mundo-2014-suas-aulas-viram-show-bola-futebol-brasil-779497.shtml
http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/matematica-parte-reportagem-capa-copa-mundo-427101.shtml
http://www.fifa.com/portuguese-language-message.html www.copa2014.gov.br/noticia/conheca-os-detalhes-das-32-selecoes-participantes-da-copa-do-mundo-2014
http://www.hinodobrasil.com.br/
Secco, Patrícia Engel; JUCA BRASILEIRO E O HINO NACIONAL (12 ed.).Ed Melhoramentos
www.portal2014.org.br

www.suapesquisa.com/copa/copa_pontos_positivos_negativos.htm