quarta-feira, 24 de setembro de 2014


Carta dos Professores da EEB CARLOS CHAGAS para os alunos...Não queremos mais do que podem nos dar...Queremos apenas que juntos sejamos felizes!

Caros alunos,
        A escola está sempre de portas abertas à espera de vocês. As salas, na medida do possível, arrumadas e os professores a postos. Os horários de entrada e saídas respeitados, a hora do lanche tudo ok. As atividades de passeio, visitas e integração sempre recebem apoio de todos os profissionais  para promover um bom convívio a todos nós.
      E no que diz respeito aos anseios dos professores? Como chegarmos a um acordo? Qual a melhor maneira de conseguirmos atingir nossos objetivos individual e coletivamente?
    Demonstramos nossa preocupação em “dar conta” dos conteúdos estabelecidos para cada série, mas às vezes, somos impossibilitados por motivos alheios a nossa vontade e isso nos deixa chateado. Sabemos que o mercado de trabalho é hoje altamente seletivo, privilegiando os que, de fato, estão mais bem preparados para desempenhar nele um papel produtivo. Só os mais habilitados serão capazes de triunfar num mundo laboral cada vez mais exigente.
      A preparação eficaz e cidadã dos alunos é nossa razão de ser. Mas atingir uma meta tem que ser também um objetivo dos alunos. Não trabalhamos sozinhos. Somos orientadores atentos aos ritmos e necessidades de cada um, mas queremos que sejam capazes de aproveitar os recursos postos à sua disposição para desenvolver as suas capacidades intelectuais e profissionais, entendendo os Professores e o seu trabalho, assim como os seus colegas. Seja mais humano, cultive respeito, amizade, solidariedade e entenda o próximo e seu momento. Não seja irônico, sê humilde, já que não somos o centro do universo e dependemos uns dos outros.
    Busque ser melhor nesse mundo globalizado em que vivemos.  Essa deve ser sua meta. Voe alto, queira vencer! O Sucesso no Futuro começa aqui e agora e, sobretudo, o Futuro de cada um de vocês num mundo melhor está em suas mãos.
Produção do Professores do Curso SISMEDIO/2014
EEB CARLOS CHAGAS
24/09/2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Uma reflexão coerente!!!!

Educação no Brasil: a família não acompanha a escola ou a escola não acompanha a família?

Imprimir
Culpar a mãe virou moda desde Freud. Tudo que não conseguimos fazer direito, em especial nossos defeitos incorrigíveis, jogamos nas costas daqueles que nos deram a existência. Mas e quando o professor culpa os pais pela irresponsabilidade do filho na lição de casa? Será que ele tem razão? Dando uma rápida olhada nas últimas estatísticas educacionais, poderíamos nos deparar com isto:
"O contexto familiar responde por 70% do desempenho escolar, cabendo à escola 30%. A conclusão é de um estudo da Fundação Itaú Social. Renda familiar, escolaridade dos pais e moradia estão entre os fatores determinantes do rendimento do aluno." Estado de SP
Como você interpretaria estes números? A escola não ajuda na escolaridade? A família é que é culpada pelo fracasso ou sucesso escolar das crianças? É o que parece... na superfície. Lembro quando José Pacheco disse, em reunião de pais na Amorim Lima, que culpar a família pela lição de casa era como culpar o professor pela alimentação do aluno. Não faz o menor sentido.
Mas e os números acima? Como interpretá-los de outra maneira? Coloco abaixo um dos raros momentos em que vejo uma estatística sobre educação ser analisada com profundidade na grande mídia.

Quem não fez a lição?

José de Souza Martins
O Estado de S.Paulo 1/11/2008
http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup270856,0.htm
SÃO PAULO-Promovida pela Fundação Itaú Social, uma revisão da literatura sobre o desempenho escolar no Brasil constatou que 70% do desempenho de um estudante depende da família e só 30% da escola. Esses 70% tanto se referem a desempenho positivo quanto a desempenho negativo. Segundo uma especialista do MEC, são fatores principais do desempenho do aluno o nível de escolaridade do pai e da mãe, a renda familiar, o tipo de moradia e o acesso aos bens culturais. O aluno já chega à escola com vantagem ou desvantagem desde o início do ensino fundamental se sua família for ou não feliz beneficiária de índices econômicos, sociais, educacionais e culturais que correspondam às conveniências de uma educação que está muito longe do país que quer educar. O que quer dizer que imensa proporção das famílias brasileiras não está preparada para satisfazer os pré-requisitos da escola. Ora, se a escola existe justamente para suprir carências educativas e culturais, que escola é essa que reclama da família dos alunos, quando seria o caso de as famílias reclamarem da escola que está muito aquém dos requisitos e carências de uma sociedade de transição, bloqueada pelo atraso e pela pobreza?
Esse quadro deveria nos encher de preocupações quanto à persistência histórica de graves defeitos na educação brasileira e quanto à ideologia que, insistentemente, a preside. Neste país a educação foi implantada como recurso de catequização não só dos imaturos, mas também, por seu intermédio, dos nativos, seus próprios pais. Uma educação para demolir a cultura nativa e destruir os fundamentos das sociedades primitivas que os portugueses aqui encontraram na descoberta do território. Parece que até hoje não nos libertamos desse pressuposto. O advento posterior do ensino fundamental público, gratuito e sobretudo laico, apesar de seus propósitos republicanos, não superou a concepção da educação como instrumento de guerra civilizadora, que fora inicialmente da Igreja e passava a ser agora do Estado, contra a barbárie. Ou seja, contra os grupos sociais de pertencimento dos comuns e neles, particularmente, a família, para submetê-los aos valores da ordem e aos propósitos do Estado. É verdade que durante largo tempo não existiram propriamente alternativas para o que se pode chamar de invenção do Brasil e criação do que viria a ser a sociedade brasileira. Os religiosos, especialmente os jesuítas, discrepando da ideologia predatória da coroa portuguesa, tentaram inventar uma sociedade tropical, com língua própria, nutrida pelos valores sisudos da Contra-Reforma, mas também os do teatro, da poesia e da música. O Estado, no entanto, os enquadraria no devido tempo.
Laicizada, nossa escola se manteve atrelada aos pressupostos da guerra cultural e pedagógica contra as famílias atrasadas, supostos redutos da ignorância, redutos de uma cultura rústica e pré-moderna que perturbaria a inclusão das novas gerações no mundo presumivelmente mais desenvolvido da razão, da ciência e da tecnologia.
O quadro diante do qual a notícia dessa revisão da literatura sobre desempenho escolar nos coloca é o de que família boa é a que não perturba os propósitos da escola e a que antecipa a disposição para aderir a uma educação que pressupõe o conflito cultural com as famílias que as circunstâncias sociais e históricas condenaram à demora nos limites do rústico e tradicional. Ou então às insuficiências de meios de compreensão desse estranhíssimo mundo da pós-modernidade em nome do qual a escola geralmente atua.
Ora, uma educação pensada nesses termos é uma educação que aprofunda o conflito de gerações e difunde estados de anomia, ao tornar secundários valores de referência da tradição familiar. Uma escola obsessivamente voltada para sua própria razão e no geral incapaz de dialogar com as famílias que o desenvolvimento desigual da sociedade e da economia brasileiras deixou confinadas no atraso e nas decorrentes insuficiências econômicas, sociais e culturais. Em boa parte, se a escola brasileira tem clareza quanto a suas funções como agência de educação das novas gerações, tem também imensas dificuldades para compreender sua inevitável função como simultânea agência de ressocialização de crianças e jovens cuja inserção familiar os obriga a viver em tempos sociais descompassados e conflitantes. Se as famílias, cuja organização e cuja cultura as distancia dos requisitos da escola na prévia preparação de seus filhos, estão enviando à escola crianças e adolescentes distantes dos requisitos culturais pela escola definidos, por outro lado a escola se fechou como agência de socialização e nesse sentido também ela está significativamente atrasada em relação ao que é um direito da família.
O atraso que essa concepção de escola teme e combate não é a ignorância suposta pelos letrados, mas é antes e sobretudo o rico patrimônio cultural que permanece quase intacto como floresta que por milagre escapou da sanha do devastador. As bondades de famílias positivamente orientadas para os valores da escola e da escolarização são, na verdade, as bondades da própria escola. Nesse sentido, o que as indicações preliminares desse levantamento nos dão é que o problema do desempenho escolar não é o da família em descompasso com a escola, mas a escola em descompasso com a família. A escola brasileira sempre teve dificuldade para abrir uma positiva via de diálogo e troca de conhecimentos com as famílias de seus alunos, aquelas cujas referências sociais são as dos costumes, da tradição e do vivido. O que os arraigados preconceitos sociais de amplos setores da sociedade brasileira reduzem ao injusto e descabido rótulo de "ignorância". Quando, na verdade, na rica diversidade brasileira, são eles um capital cultural, referência possível para uma renovação socialmente enraizada da educação brasileira que poderia nos libertar das dificuldades que resultam na transformação da escola num corpo estranho em uma sociedade que é bem diversa do que a escola supõe.

*José de Souza Martins é professor titular de sociologia da Faculdade de Filosofia da USP e autor, entre outros títulos, de A Aparição do Demônio na Fábrica (Editora 34)
http://rizomas.net/educacao/por-que-educar/155-educacao-no-brasil-a-familia-nao-acompanha-a-escola-ou-a-escola-nao-acompanha-a-familia.html

O que é inteligência???


altInteligência é uma coisa que todos querem, mas ninguém sabe direito como conseguir. Talvez porque seja difícil mesmo. Talvez porque as pessoas estejam procurando coisas diferentes, visto que há muitos significados para esta palavra.

Então o governador diz "vamos promover a inteligência das crianças", o diretor concorda, o professor grita "estou tentando estimular a inteligência dos alunos" os alunos criam espectativas "vamos ficar mais inteligentes", e no final dá a maior confusão.
Será que somos tão incompetentes assim? Ou estamos buscando objetivos diferentes que sejam representados pela mesma palavra? Afinal, o que é inteligência?


Vejamos a opinião de meus alunos (1a série do Ensino Médio), em trechos selecionados.
*
- inteligência é uma facilidade de entender e absorver informações de diferentes fontes
- o inteligente é quem erra e aprende com seus erros, diferentemente do sábio, que é experiente.
- Ser inteligente é saber lidar com as situações e não ser superdotado em alguma coisa
- inteligência é a capacidade de absorver o conhecimento
- inteligência é a capacidade de aplicar o conhecimento
- inteligência é “o conhecimento”
- inteligência é também saber estudar as informações
- inteligência é saber expressar o conhecimento e receber críticas
- inteligência não está apenas relacionada ao aprendizado, é algo que qualquer ser, por mais ínfima que seja a sua, utiliza para sobreviver.
- Inteligência é diferente de ter conhecimento. A pessoa pode ter a informação mas não ter inteligência o suficiente para entende-la
- é a capacidade de organizar idéias próprias e expressá-las de maneira compreensiva
- é a capacidade que você tem de elaborar soluções
- é saber se virar em dificuldades
- não basta se virar, a pessoa é inteligente quando consegue entender as coisas que precisa entender, formar sua opinião para então viver do modo que ela pense que é ideal
- saber estudar, e manter consigo mesmo equilíbrio, é inteligência.
- grande parte do que chamamos inteligência é condicionamento
- a inteligência é adquirida ao longo da vida, com conhecimento e esforço, o que acontece é que algumas pessoas tem mais facilidade do que outras
- a pessoa nasce com a inteligência, mas é só com o passar do tempo que a pessoa adquire inteligência o suficiente para fazer a sua vida
http://rizomas.net/filosofia/principios-filosoficos/198-o-que-e-inteligencia-segundo-os-alunos.html

Vitor Henrique Paro - entrevista Vale a pena dar um olhadinha...e comentar!!!!!

sábado, 6 de setembro de 2014

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS E O DESAFIO DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
4. A integração curricular a partir das dimensões do trabalho, da ciência, tecnologia e cultura na prática  escolar
“O currículo é, em outras palavras, o coração da escola (...). Daí nossa obrigação, como profissionais da educação, de participar crítica e criativamente na elaboração de currículos mais atraentes, mais democráticos, mais fecundos.” ( Moreira; Candau, 2007)
4.1. O currículo do ensino médio e as dimensões do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia
Questionamentos: 1) Como sair do mundo das ideias e alcançar a transformação do cotidiano da escola? 2) Como fica a organização curricular ao conferir estas dimensões constitutivas da prática social ( trabalho, ciência, tecnologia e cultura) que devem organizar o ensino médio? 3) Como as DCNEM do ensino médio podem ser apropriadas e serem capazes de mobilizar uma mudança curricular nas escolas de ensino médio?
            São muitas as perguntas, mas o ponto de partida é que qualquer mudança curricular relevante deva começar da realidade e da construção coletiva dos educadores da instituição escolar no sentido de desenvolver atividades relacionadas às dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, visando atender às necessidades e características sociais, culturais, econômicas e intelectuais dos estudantes. Desta forma, é possível pensar uma organização curricular feita inicialmente por disciplinas e áreas do conhecimento ( recorte do real para aprofundar conceitos)  alternadas com atividades integradoras ( imersão no real ou sua simulação para compreender a relação parte-totalidade por meio de atividades interdisciplinares). É um grande desafio a ser construído processualmente objetivando práticas curriculares e pedagógicas que levem à formação integral do educando e possibilitem construções intelectuais elevadas, mediante a apropriação de conceitos necessários à intervenção consciente da realidade.
Em suma, uma proposta de ensino médio nesta perspectiva visa fomentar, estimular e gerar condições para que os sistemas e as instituições de ensino, com seus sujeitos, formulem seus projetos em coerência com as suas necessidades e para a consecução de finalidades universais postas para esta etapa da educação.
4.2. Caminhos possíveis na construção de uma perspectiva curricular integrada
Entende-se como urgente e necessário avançar para um currículo plural e inclusivo que abra espaço para que diferentes etnias, gêneros, faixas etárias e necessidades de aprendizagem, além de outras categorias da diversidade sejam efetivamente contempladas.  Nesse sentido, um caminho que possa favorecer algumas articulações é o seguinte: 1) Seleção de conceitos fundamentais por área de conhecimento ( sugere-se um mapa conceitual); 2) Identificação de conceitos comuns ( inter/intra-áreas do conhecimento). Juntar mapas disciplinares e a partir daí fazer um grande mapa curricular; 3) Proposta de contextos  problematizadores que mobilizem os conceitos. Articular com vida cidadãomundo do trabalho. 4) No caso dos conceitos comuns, viabilizar atividades/projetos interdisciplinares a partir desses contextos.

GRUPO 4 CISMÉDIO)  – Maria Marlena Ko Freitag e Sonia Mara Viero

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Em breve um aluno nos escreve sobre suas angustias...O que espera da escola e de seus professores...Aguardem!

ENCONTRO 03/09




Precisamos sempre um bom chimarrão e um lanchinho... Afinal muitos de nós temos mais uma jornada de trabalho no período da noite!Valeu!!!

UMA AÇÃO CURRICULAR INTEGRADA PARA UMA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL –
 CADERNO III
O resgate do conhecimento escolar no campo do currículo
Youg (2007), ao fazer a crítica às “pedagogias do  aprender a aprender”, as quais tiram o foco do conhecimento científico e supervalorizam os saberes do cotidiano, defende a posição de que conhecimento escolar necessita ultrapassar a dimensão estritamente local, instrumental ou particularizada e oferecer as bases para a compreensão das relações entre o universal e o particular. A esta perspectiva, Youg atribui o sentido de “conhecimento poderoso”. 
O currículo tem que levar em consideração o conhecimento local e cotidiano que os alunos trazem para a escola, mas este nunca poderá ser uma base para o currículo. A estrutura do conhecimento local é planejada para relacionar-se com o particular e não pode fornecer base para quaisquer princípios generalizáveis. (Youg,2007,p.13).
Diante dessa argumentação nos questionamos: é possível organizar o currículo do ensino médio sem abrir mão da centralidade e  de seus sujeitos e, ao mesmo tempo, enfrentarmos os limites da fragmentação do saber  a hierarquização entre as disciplinas?
Os conhecimentos escolares, são selecionados e organizados para que possam ser ensinados e aprendidos. Nesse processo, o conhecimento escolar torna-se elemento essencial do desenvolvimento cognitivo do estudante, bem como de sua formação ética, estética e política.
Entendemos também que o domínio da ciência básica não se obtém somente pela reprodução pura e simples dos conceitos. É e nesse sentido então, que , inserimos a crítica à pedagogia da memorização e afirmamos a necessidade de “uma educação que ajude a ler a realidade”. (Paulo Freire), que ajude a compreender essa realidade criticamente.
Para tanto temos mais uma possibilidade posta pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o EM, que propõe a pesquisa como princípio pedagógico.
A pesquisa como princípio pedagógico é capaz de levar o estudante em direção a uma atitude de curiosidade e de crítica, por meio da qual ele é instigado a buscar de respostas e não a se contentar com pacotes prontos.
As novas possibilidades apontadas pelas Diretrizes Nacionais para o EM vão ao encontro da necessidade de que nesta etapa da educação básica se efetive a necessária integração entre um núcleo de conhecimentos do currículo obrigatório com atividades e opções do próprio interesse do estudante. Isso significa rever as velhas formas, os velhos arranjos estritamente disciplinares que inviabilizam diálogos entre os campos da ciência e entre estes e o e contexto histórico cultural em que os jovens alunos do EM se situam. (Silva,2013).


JOSSEANE BENJAMINI

DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIO – CADERNO II
Quadro geral do ensino médio: o que nos dizem os indicadores sociais
Atualmente nas escolas de ensino médio em nosso país ( e também Ensino Fundamental) é possível perceber facilmente a permanência da desigualdade social e cultural, fruto da própria sociedade inserida.
 Para tanto temos que aceitar que ao se tratar da universalização dessa etapa como meta a ser alcançada numa sociedade justa e igualitária ou, o mínimo, menos desigual, há que se considerar a diversificação e a desigualdade da oferta correspondente  a essa etapa educacional que está na fase final da Educação Básica.
Assim sendo nos remetemos a pensar o quão importante é nosso papel diariamente  com a qualidade do trabalho a ser desenvolvido com os alunos deste ensino médio que hoje temos nas escolas. Logo  pois, é tão tocante verificar a desigualdade cultural e social de nossos alunos que ao se matricularem no ensino médio poucos terão sucesso em ser aprovado para a série seguinte ou pior ainda concluí-lo.
O número de concluintes no ensino médio brasileiro hoje é bem expressivo, salvo pelas taxas de rendimento da minoria. A cada ano há uma queda bem significativa de matrículas no ensino médio que vem se alastrando ano à ano.  Isso repercute muito para a escolarização da população jovem e adulta.
É importante salientar que isso se deve principalmente á condição financeira da maioria que precisa trabalhar e não conseguem conciliar as duas coisas. Hoje o trabalho é uma questão central para os jovens brasileiros. Tal como observam Corrocha et al. (2008), reconhecer que em  nosso país “o trabalho também faz a juventude”, não significa, de maneira ingênua, defender o trabalho de adolescentes e jovens, mas ao contrário.
Contudo, apesar desta realidade social em nosso país, não podemos deixar que o trabalho seja desculpa de muitos para o abandono aos estudos, logo pois temos alunos que trabalham e mesmo assim frequentam o EM á noite ou ainda em outro turno.

JOSSEANE BENJAMINI
Neste texto refletimos sobre a relação existente entre trabalho, tecnologia e cultura nos processos de formação humana, desenvolvidos em diferentes espaços da sociedade. Partimos da compreensão de que o trabalho é fonte de apropriação de conhecimentos e saberes e, portanto uma categoria que precisa ser entendida em seu sentido ontológico. A tecnologia, considerada um elemento característico do ser social, surge concomitantemente ao trabalho, mas no decorrer da história ao se complexificar, transforma em instrumento de legitimação da sociedade capitalista. Abordamos aspectos priorizados na educação do trabalhador no contexto das mudanças tecnológicas, quando a ênfase da formação se pauta no ajustamento técnico da uma força de trabalho. Concluímos reconhecendo e afirmando o potencial emancipador da escola e de seu fazer pedagógico, ao tratar das categorias trabalho, tecnologia e cultura  nos processos e dimensões da formação humana.
Trabalho, ciência, tecnologia e cultura: dimensões da formação humana.
No Capítulo II – Referencial legal e conceitual disposto na RESOLUÇÃO Nº 2, DE 30 DE JANEIRO 2012, que define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, prescreve em seu artigo os conceitos de Trabalho, ciência, tecnologia e cultura.
Art. 5º
O Ensino Médio em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se em:
I - formação integral do estudante;
II - trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos, respectivamente;
III - educação em direitos humanos como princípio nacional norteador;
IV - sustentabilidade ambiental como meta universal;
V - dissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem;
VI - integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-profissionais realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da contextualização;
VII - reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes;
VIII - integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.
§ 1º O trabalho é conceituado na sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente ao ser humano e como mediação no processo de produção da sua existência.
§ 2º A ciência é conceituada como o conjunto de conhecimentos sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da compreensão e transformação da natureza e da sociedade.
§ 3º A tecnologia é conceituada como a transformação da ciência em força produtiva ou mediação do conhecimento científico e a produção, marcada, desde sua origem, pelas relações sociais que a levaram a ser produzida.
§ 4º A cultura é conceituada como o processo de produção de expressões materiais, símbolos, representações e significados que correspondem a valores éticos, políticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade.
http://portal.mec.gov.br/

SUZANA S DA TRINDADE

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Fotos do último encontro




Essa turma é dedicada!!!Bjssssssssss
Meu texto do caderno III  - Professora Catarina Minks
O sentido da formação humana integral.
Como promover a formação humana integral para alunos da rede pública do Estado de Santa Catarina? Eis uma pergunta desafiadora, pois, nos leva a pensar na necessidade de uma educação voltada para a emancipação com formação para a reflexão e para a crítica que consequentemente considere a capacidade de promover um indivíduo autônomo tanto intelectualmente quanto moralmente.  Essa formação intelectual também se refere a compreensão do indivíduo em sua inteireza, ou seja, em suas múltiplas dimensões: intelectual, afetiva, social e corpórea.
A escola de hoje tem privilegiado mais a adaptação do que a emancipação, a produção da padronização do que a diferenciação de culturas, entretanto para conseguir a autonomia  intelectual e moral é preciso compromisso com a produção simultânea da identidade e da diferença.
Repensar o currículo é pensar na formação de seres diferentes, melhores que nós, com o que de melhor nós somos, dando ênfase ao desenvolvimento das múltiplas possibilidades de comunicação pelo uso das diferentes linguagens, com formalização entre pensamento e capacidade de comunicação mantendo o gosto pela aprendizagem significativa.
Não cabe mais, e já faz tempo, uma escola com práticas de repetição pura e simples ou com caráter de obrigatoriedade sem um objetivo claro, bem como muitos outros acontecimentos que fazem com que o ensino esteja no patamar em que está hoje. É preciso manter sempre vivo o gosto pelo aprender, pela descoberta, pela investigação e pelo prazer em ter o acesso ao conhecimento com ações educativas que venham ao encontro dessa nova era que vivenciamos. 

Para mudanças significativas no Ensino Médio precisamos mudanças no "pensar" de toda a sociedade sobre seu propósito, governantes, empresários, professores pais e alunos...Precisamos estabelecer um vínculo de cumplicidade no que diz respeito as questões que envolvem educação, trabalho, sociedade e "identidade do jovem". Associar uma ideia de "ser" que se relaciona com um mundo ampliado de possibilidades nos dará melhores resultados, tendo um individuo mais completo, sabendo de suas responsabilidades e suas possibilidades diante o desafio de adolescer e crescer!