UMA AÇÃO CURRICULAR INTEGRADA
PARA UMA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL –
CADERNO III
O resgate do conhecimento escolar
no campo do currículo
Youg (2007), ao fazer a crítica
às “pedagogias do aprender a aprender”,
as quais tiram o foco do conhecimento científico e supervalorizam os saberes do
cotidiano, defende a posição de que conhecimento escolar necessita ultrapassar
a dimensão estritamente local, instrumental ou particularizada e oferecer as
bases para a compreensão das relações entre o universal e o particular. A esta
perspectiva, Youg atribui o sentido de “conhecimento poderoso”.
O currículo tem que levar em
consideração o conhecimento local e cotidiano que os alunos trazem para a
escola, mas este nunca poderá ser uma base para o currículo. A estrutura do
conhecimento local é planejada para relacionar-se com o particular e não pode
fornecer base para quaisquer princípios generalizáveis. (Youg,2007,p.13).
Diante dessa argumentação nos
questionamos: é possível organizar o currículo do ensino médio sem abrir mão da
centralidade e de seus sujeitos e, ao
mesmo tempo, enfrentarmos os limites da fragmentação do saber a hierarquização entre as disciplinas?
Os conhecimentos escolares, são
selecionados e organizados para que possam ser ensinados e aprendidos. Nesse
processo, o conhecimento escolar torna-se elemento essencial do desenvolvimento
cognitivo do estudante, bem como de sua formação ética, estética e política.
Entendemos também que o domínio
da ciência básica não se obtém somente pela reprodução pura e simples dos
conceitos. É e nesse sentido então, que , inserimos a crítica à pedagogia da
memorização e afirmamos a necessidade de “uma educação que ajude a ler a
realidade”. (Paulo Freire), que ajude a compreender essa realidade
criticamente.
Para tanto temos mais uma
possibilidade posta pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o EM, que
propõe a pesquisa como princípio pedagógico.
A pesquisa como princípio
pedagógico é capaz de levar o estudante em direção a uma atitude de curiosidade
e de crítica, por meio da qual ele é instigado a buscar de respostas e não a se
contentar com pacotes prontos.
As novas possibilidades apontadas
pelas Diretrizes Nacionais para o EM vão ao encontro da necessidade de que
nesta etapa da educação básica se efetive a necessária integração entre um
núcleo de conhecimentos do currículo obrigatório com atividades e opções do
próprio interesse do estudante. Isso significa rever as velhas formas, os
velhos arranjos estritamente disciplinares que inviabilizam diálogos entre os
campos da ciência e entre estes e o e contexto histórico cultural em que os
jovens alunos do EM se situam. (Silva,2013).
gostei muito da reflexão, aqui também estamos fazendo os encontros, é desafiador...
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